A dona de um bar na cidade de Jeremoabo, região norte da Bahia, foi morta a facadas após cobrar o pagamento de uma dívida de cervejas a um cliente. O caso aconteceu no sábado (25), no povoado de Sirica, e nesta terça-feira (28) o investigado está preso em delegacia.
A vítima foi identificada como Maria Neuza do Nascimento, de 55 anos. A situação foi gravada por um cliente que, pelas posição das imagens, aparentava estar junto com o suspeito. No vídeo, Maria Neuza conversou com o homem e é possível ouvir o que ela disse. (Assista acima)
“Eu lhe dei duas cervejas, você me deu 5 [reais] e depois me deu 20 [reais]. Eu vou descontar do que você está me devendo, e você ainda vai ficar me devendo”, explicou a mulher no vídeo.
Em seguida, outro cliente no bar pediu que ela continuasse vendendo, sem que houvesse pagamento. Maria Neuza então retrucou e disse que “fiado só amanhã”. Alterado, o investigado do crime pediu que a mulher entregasse a ele R$ 17, que seria de um suposto troco da cerveja – apesar de ainda devê-la.
Maria Neuza o repreendeu e ele falou que ela iria dar o dinheiro a ele “sorrindo, ou chorando”. A dona do bar o desafiou, e o homem então retirou uma faca da cintura e a golpeou na barriga. No bar, as pessoas se levantaram assustadas e chegaram a derrubar o celular que gravava a situação.
Mulher é morta a facadas na Bahia — Foto: Redes sociais
Na gravação, é possível ouvir o desespero das pessoas com o ataque. As imagens depois mostram que o homem voltou a beber a cerveja tranquilamente, enquanto outros clientes tentaram prestar socorro a Maria Neuza.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e levou a mulher para o Hospital Municipal de Paulo Afonso, mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu no domingo (26). Não há detalhes sobre o sepultamento do corpo de Maria Neuza.
A Polícia Civil não deu detalhes sobre as circunstâncias da cobrança da dívida. O nome do suspeito também não foi divulgado por causa da Lei de Abuso de Autoridade. De acordo com a Polícia Civil, o homem será indiciado por homicídio, agravado por causa do motivo fútil.
G1