As Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista e Rio Negro iniciaram, nesta semana, o processo de limpeza das estações amostrais usadas para fazer o monitoramento da biodiversidade, que ocorrerá no período de 30 de agosto a 8 de setembro.
O monitoramento das trilhas de amostragem é um processo anual realizado nas Unidades de Conservação Estaduais, para acompanhar a situação da fauna e da flora nestas regiões.
A atividade faz parte do Programa de Monitoramento da Biodiversidade e do Uso Sustentável de Recursos Naturais (Probuc), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
“As informações coletadas durante o monitoramento vão para o banco de dados da Sema, para acompanhamento de como está a biodiversidade da região”, explicou o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira.
Trilhas de monitoramento – Cada trilha tem em média cinco quilômetros de comprimento e três metros de largura. Na Puranga Conquista, localizada em Manaus, serão monitoradas duas trilhas. As estações amostrais ficam nas comunidades São Francisco do Chita e Bela Vista do Jaraqui.
Na RDS Rio Negro, que abrange os municípios de Novo Airão, Iranduba, Manaus e Manacapuru, serão três trilhas de amostragem monitoradas: uma situada na comunidade do Tumbira (Iranduba), outra em Terra Preta (Manaus) e, a terceira, no Lago do Marajá (Manaus).
Capacitação e geração de renda – Ao todo, foram capacitados 17 comunitários para atuar como monitores ambientais na ação – sete da RDS Puranga Conquista e 10 da RDS Rio Negro.
“O bom é que, capacitando os comunitários, isso também vira uma fonte de renda para eles”, aponta a gestora da RDS Puranga Conquista, Ádila Mattos, ao ressaltar que os comunitários são remunerados para realização do monitoramento, por meio do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa).
Pré-amostragem – Nesta semana, de 23 a 29 de agosto, acontece a fase de pré-amostragem. Os monitores farão uma limpeza nas trilhas, eliminando, em especial, árvores caídas em decorrência das chuvas, e realizando a instalação de armadilhas de borboletas.
“Essa limpeza é necessária para que os monitores evitem pisar em folhas e fazer barulho, para que os animais não percebam sua presença durante o monitoramento”, esclareceu a gestora da RDS Puranga Conquista.
Após este processo, os monitores deixam a floresta “descansar” por um período de dois a três dias, para que os animais voltem às atividades normais. Nesta fase, os monitores não entram na floresta.
Monitoramento – Depois deste preparo é que se inicia, de fato, o monitoramento da biodiversidade, onde os monitores fazem a avistagem e catalogação de aves, mamíferos e borboletas.
Cada comunidade possui um catálogo de animais já avistados. Por meio de formulário, os comunitários identificam esses animais ou registram novas espécies, analisando também a quantidade observada.
“Eles vão à trilha durante dez dias seguidos para fazer o avistamento dos animais, e, no final da atividade, encaminham esses formulários para a Sema atualizar o banco de dados”, acrescentou Ádila.
Assim que as águas dos rios baixarem e surgirem as praias, os monitores farão também a observação de quelônios.
FOTOS: Divulgação/Sema