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Primeiro recital do 23º FAO reúne canções de Almeida Prado e Francisco Mignone

Os recitais de canto e piano, que fazem parte da programação do 23º Festival Amazonas de Ópera (FAO), começaram a ser transmitidos ao vivo, do palco do Teatro Amazonas, na segunda-feira (07/06). A primeira apresentação já está disponível pelos canais do FAO no YouTube (festivalamazonasdeoperafao) e Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Cultura do AM). O FAO 2021 iniciou no último domingo (06/06), com a ópera “Três Minutos de Sol”.

Realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural, o festival está sendo produzido inteiramente com verba da iniciativa privada, por meio do Bradesco e da Motorola, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, Ministério do Turismo e Secretaria Especial de Cultura. Conta ainda com parceria do canal Allegro HD e TV Encontro das Águas, e com o apoio do Catavento Museu de Ciências e da Importadora Carioca.

Dedicado a compositores e intérpretes brasileiros, o FAO apresenta um repertório especial para os recitais e concertos. Nessa segunda, foram apresentadas canções de Almeida Prado e Francisco Mignone, com a soprano Mirian Abad, o barítono Joubert Júnior e Renan Branco, ao piano.

De acordo com o maestro e diretor artístico do FAO, Luiz Fernando Malheiro, que fez a introdução do programa, Almeida Prado foi um compositor, pianista e professor brasileiro muito importante dos séculos 20 e 21, que deixou uma obra muito extensa, com mais de 400 composições.

“E Mignone foi outro compositor brasileiro muito importante, com uma obra extensa, sendo pianista, flautista e regente. A obra dele é dividida em duas fases bem distintas, sendo uma romântica, com muita influência da música italiana, e outra nacionalista”, explica Malheiro.

Na quarta-feira (09/06), serão apresentadas mais canções de Almeida Prado e também de Ernani Aguiar, João Guilherme Ripper, Osvaldo Lacerda e Ronaldo Miranda. Já na quinta-feira (10/06), o programa será sobre as canções de Chiquinha Gonzaga.

Ainda serão apresentadas as canções de Carlos Gomes, no dia 16 de junho; e o último recital terá canções amazonenses, no dia 17 de junho, com obras temáticas sobre a região ou de compositores regionais, como Waldemar Henrique, Lindalva Cruz, Adroaldo Cauduro, Ronaldo Barbosa, Ketlen Nascimento, Celdo Braga, Osmar Oliveira, Candinho, Altino Pimenta, Claudio Santoro, Pedro Amorim e Arnaldo Rebelo.

Os recitais serão apresentados sempre às 20h (21h, no horário de Brasília) por meio dos canais do FAO e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa no YouTube, e as transmissões contam com intérpretes de Libras.

FAO 2021 – A 23ª edição do FAO iniciou no dia 6 de junho e segue até o dia 20, com óperas e concertos gravados, recitais transmitidos ao vivo, webinars e masterclasses on-line, entre outras atrações.

Seguindo os protocolos de segurança e prevenção contra o novo coronavírus, o FAO tem uma produção inovadora este ano. As orquestras dos Corpos Artísticos gravaram, em dias alternados, áudio e vídeo das obras em Manaus, no Teatro Amazonas, e os solistas gravaram as vozes em São Paulo, onde também é trabalhada a parte cênica. O material foi, então, reunido e editado para dar vida às óperas e aos concertos. Os grupos de músicos também são reduzidos, em formato de câmara, para evitar aglomerações e facilitar o distanciamento social.

De acordo com Luiz Fernando Malheiro, o FAO não exaltará apenas os compositores contemporâneos, mas realizará um panorama de 165 anos de repertório brasileiro.

Óperas – O FAO 2021 tem três estreias em sua programação: “Três Minutos de Sol”, de Leonardo Martinelli; “O Corvo”, de Eduardo Frigatti; e “moto-contínuo”, de Piero Schlochauer. Todas foram encomendadas especialmente para o Festival.

“Três Minutos de Sol”, de Leonardo Martinelli, abriu a programação e está disponível no canal do FAO, no YouTube.

Ópera de câmara, com libreto de João Luiz Sampaio, aborda os relacionamentos em tempo de pandemia. Narra a história de três pessoas que estão em lugares diferentes, cada uma em sua casa, que convivem e se relacionam por meio das mídias sociais. O nome da ópera faz referência ao tempo que uma das personagens fica perto da janela esperando o sol bater diariamente, por apenas três minutos.

Obra de Eduardo Frigatti, “O Corvo” será apresentada no dia 13 de junho, às 19h (20h – Brasília). Baseada no poema de Edgar Allan Poe, traduzido por Machado de Assis, a ópera será uma ilustração de 20 minutos que narra a visita perturbante de um corvo a um homem que acaba de perder sua amada, e que vê a ave como uma mensageira sobrenatural.

Já “moto-contínuo”, de Piero Schlochauer, encerrará o festival no dia 20 de junho, às 19h (20h – Brasília). Com libreto de Beatriz Porto, Isabela Pretti e Piero Schlochauer, a obra conta a história de uma inventora que recebe um pedido para construir um moto-contínuo, uma máquina que pode se mover eternamente.

Concertos – Os concertos, que são gravados também com produções em Manaus e São Paulo, serão exibidos a partir da sexta-feira (11/06) e nos dias 12, 14, 15, 18 e 19 de junho, também às 20h (21h – Brasília), com obras de Fernando Riederer, Laiana Oliveira, Tatiana Catanzaro, Vinicius Giusti, Paulina Luciuk e Willian Lentz.

Webinars e masterclasses – A transmissão dos webinars e das masterclasses também é realizada pelo canal do YouTube do FAO.

Os próximos webinars serão realizados nesta terça-feira (08/06), com o tema “Teatros de Ópera e a Economia Criativa no Brasil e na América Latina”, e no sábado (12/06), com a mesa “A Profissão do Compositor Erudito no Brasil: Formação, Divulgação, Interesse e Futuro”, ambos às 16h (17h – Brasília).

A mesa “A Ópera Hoje, no Brasil e no Mundo”, que seria realizada no último domingo, foi adiada e, em breve, será divulgada uma nova data.

Também serão realizadas as masterclasses “A Arte do Canto na Ópera Contemporânea”, com soprano e atriz Gabriela Geluda, no dia 16 de junho, e “Composição de Ópera Hoje”, com o compositor e regente de orquestra João Guilherme Ripper, no dia 18 de junho. As masterclasses também serão realizadas às 16h (17h – Brasília).

‘Raio-X da Ópera’ – Na segunda-feira também foi lançado o primeiro vídeo do “Raio-X na Ópera”, uma série de vídeos sobre os bastidores e curiosidades do Festival Amazonas de Ópera e do mundo da ópera. O primeiro episódio já está disponível nos canais do FAO no YouTube (festivalamazonasdeoperafao) e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Cultura do AM).

Bradesco e a cultura – Com centenas de projetos patrocinados anualmente, o Bradesco acredita que a cultura é um agente transformador da sociedade. Além do Teatro Bradesco, o banco apoia iniciativas que contribuem para a sustentabilidade de manifestações culturais que acontecem de norte a sul do País, reforçando o seu compromisso com a democratização da arte. São eventos regionais, feiras, exposições, centros culturais, orquestras, musicais e muitos outros.

Assim como o Teatro Bradesco, muitas instituições e espaços culturais apoiados pelo banco promoveram ações para que o público possa continuar se entretendo – ainda que virtualmente – durante a pandemia da Covid-19. O banco também lançou o Bradesco Cultura, plataforma digital que reúne conteúdo relacionado às iniciativas culturais que contam com o patrocínio da instituição, com acesso pelo cultura.bradesco.

Recitais de canto e piano (20h Manaus / 21h Brasília)

Quarta, dia 9

Canções de Almeida Prado – Ernani Aguiar – João Guilherme Ripper – Osvaldo Lacerda – Ronaldo Miranda

Carol Martins, soprano

Thalita Azevedo, mezzo-soprano

Enrique Bravo, tenor

Quinta, dia 10

Canções de Chiquinha Gonzaga

Mirian Abad, soprano

Marinete Negrão, mezzo-soprano

Jefferson Nogueira, tenor

Joubert Júnior, barítono

Roberto Paulo, baixo

16 de junho

Canções de Carlos Gomes

Raquel de Queiroz, soprano

Aurean Elessondres, mezzo-soprano

Juremir Vieira, tenor

Luiz Carlos Lopes, baixo-barítono

Emanuel Conde, baixo

17 de junho

Canções Amazonenses

Carol Martins, soprano

Samanta Costa, mezzo-soprano

Wilken Silveira, tenor

Miquéias William, tenor

Josenor Rocha, barítono

Roberto Paulo, baixo

FOTOS: Michael Dantas/Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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