O Teatro Amazonas e os centros culturais Palácio da Justiça e Palácio Rio Negro, no Centro de Manaus, abrem as portas no feriado desta quinta-feira (03/06), para receber o público das 9h às 13h. O agendamento pode ser feito no Portal da Cultura (cultura.am.gov.br).
As visitas acontecem com grupos de dez pessoas por horário, conforme os protocolos de prevenção contra a Covid-19. Para agendar, é necessário escolher o horário e informar número de telefone e CPF.
Os espaços culturais têm todos os procedimentos para evitar o risco de contaminação e garantir a segurança das pessoas, como totens de álcool em gel em pontos estratégicos, exigência do uso de máscara, medição da temperatura e distanciamento de 1,5 metro. É proibido ainda o contato físico com elementos dos espaços, como colunas, paredes, vitrines expositoras, esculturas, pinturas, demarcadores, portas e maçanetas.
No Teatro Amazonas, crianças até 10 anos, pessoas com deficiência e pessoas nascidas no Amazonas, mediante comprovação da naturalidade, têm entrada gratuita. Os demais visitantes pagam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada) para estudantes, pessoas acima de 60 anos, professores, doadores de sangue, militares e acompanhantes de pessoas com deficiência, mediante a apresentação de documentos.
Na visita de 30 minutos, o público tem a oportunidade de conhecer o Salão Nobre do Teatro Amazonas, o Salão de Espetáculos e o Salão Verde, intitulado “Sala de Exposição de Música e Dança”, que conta com sapatilhas de grandes nomes do Ballet que se apresentaram na Casa, como Marcelo Mourão Gomes, Ana Botafogo, Mikhail Baryshnikov, Ana Laguna e Margot Fonteyn; três instrumentos musicais da casa, como contrabaixo, violino e tímpano; dois bustos em bronze, de Antônio Carlos Gomes e Heitor Villa-Lobos.
O acervo do espaço tem ainda duas partituras de arranjos compostos pelo maestro Otávio Simões, um rascunho de um arranjo do Hino de Manaus para a Orquestra Amazonas Filarmônica e um arranjo da música “Dó Ré Mi”, do musical “A Noviça Rebelde”, apresentado no espetáculo “Playbill”, com a Orquestra Experimental e Solistas, em julho de 2019. E ainda três figurinos utilizados em espetáculos da casa: o modelo que o maestro Marcelo de Jesus ganhou do embaixador da Indonésia, Toto Riyanto, em 2018; o traje usado no Concerto de Natal de 2015, “Lágrimas de Brinquedo”; e o figurino da “Diálogo das Carmelitas”, montagem do Festival Amazonas de Ópera de 2011.
O visitante ainda confere uma maquete do Teatro Amazonas, feita com blocos de Lego, uma escultura de bronze do artista francês Adrien Étienne Gaudez, além da Saleta de Exposição da Cúpula, com itens como vidros coloridos, telhas esmaltadas e vitrificadas e projetos arquitetônicos do Teatro e sua cúpula.
Para proporcionar ao visitante a experiência da atmosfera de um camarim do Teatro Amazonas durante a Belle Époque, foi criado um espaço cuja ambientação e composição foi realizada com a utilização de peças de mobiliário do espaço e objetos adquiridos em antiquários pelo Brasil.
Entre as porcelanas em exibição, uma escarradeira é referência ao fato de que foram intensamente utilizadas no século 19, sendo considerado de “bom-tom” o hábito de se expelir secreções em público. Utilizadas nos espaços sociais, eram deixadas à disposição das visitas, no chão, em geral aos pares, ladeando os sofás. O exemplar do camarim é de procedência alemã, da histórica fábrica de porcelanas Villeroy & Boch.
Centros culturais – Os roteiros do Palácio da Justiça e Palácio Rio Negro também têm, no máximo, 30 minutos de duração, com acesso gratuito.
No Palácio da Justiça, a visitação acontece pelo hall inferior e superior, gabinete de leitura, sala do desembargador, sala das becas, galeria dos ex-presidentes, gabinete do presidente, Museu do Crime, tribunal pleno, corredor do júri, entre outras salas.
No Palácio Rio Negro, construído em estilo eclético, em 1903, o público vai conhecer os detalhes da residência particular do comerciante da borracha, o alemão Karl Waldemar Scholz. É um dos prédios mais emblemáticos do período que marcou a economia do estado.
O local funcionou como sede do Governo e, em 3 de outubro de 1980, foi tombado como Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Amazonas. Ao longo dos anos, foi reformado, restaurado, adaptado e, em virtude de sua beleza arquitetônica e relevância histórica, foi transformado em centro cultural.
O Palácio Rio Negro conta ainda com a exposição “O Clamor da Mata”, do artista plástico Pietro Bruno. Em 15 quadros, expostos nas salas Antônio Bittencourt e Ephigênio Salles, o autor defende a preservação da cultura indígena, assim como da flora e fauna amazônicas, ao retratar elementos do cotidiano e tradições indígenas, como também da Floresta Amazônica, por meio de uma abordagem baseada em uma nova estética artística e paleta de cores, contrastes, jogo de luz e sombra do cubismo e expressionismo.
FOTOS: Michael Dantas