Cidade

Edifício Mirante da Ilha terá painéis gigantes de grafite para colorir e levar mais vida ao Centro

A primeira grande área vertical de contemplação do rio Negro, entretenimento, lazer e negócios, o futuro edifício Mirante da Ilha, uma obra da Prefeitura de Manaus, contará com painéis gigantes de grafite. A edificação fica na rua Bernardo Ramos com a avenida 7 de Setembro, Centro, na ilha de São Vicente, e será completamente revitalizada e terá reconversão de uso pelo poder municipal.

O imóvel fará parte do parque Mirante da Ilha, um dos projetos do amplo programa “Nosso Centro”, que está dentro do plano de crescimento econômico e social “Mais Manaus”, lançado pelo prefeito David Almeida e com projeto arquitetônico do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb).

O edifício Mirante da Ilha vai ocupar o antigo prédio da Companhia Energética do Amazonas (Ceam), incluindo uma marina, varandas, praça de alimentação coberta, decks e uma bela cobertura sinuosa que remete a um banzeiro. Será uma das reconversões de uso projetadas para o “Nosso Centro”.

“O prédio ficará o mais vazado possível, vamos retirar toda a alvenaria e deixar os grandes blocos, um para acomodar os banheiros públicos, e outro para fazer a circulação vertical com escadas rolantes e elevador. Neles teremos os painéis de grafite para promover a arte urbana e divulgar o trabalho de artistas”, explica o diretor de Planejamento do Implurb, arquiteto e urbanista Pedro Paulo Cordeiro.

Os muros do estacionamento do parque também receberão grafites, que vão dar mais colorido a negócios existentes no local e outros que devem se instalar durante e após a revitalização da área.

Edifício

O prédio de quatro andares, incluindo o térreo, vai proporcionar uma vista privilegiada para o rio Negro, num dos pontos mais avançados da ilha de São Vicente, contemplando espaços para projetos comerciais, como restaurantes, banheiros, lanchonetes e bares, além de área de exposições culturais, apresentações de shows, paisagismo e convivência integrada entre a construção e o ambiente natural.

O edifício terá estrutura coberta, mas com vãos vazados que vão permitir, em vários níveis, a observação para o rio e sua contemplação. A obra vai se integrar ao parque urbano, construindo um grande largo, associado à circulação de vários modais e requalificação de áreas vazias.

O largo que será criado no espaço envolve prédios de interesse de preservação até a rua Bernardo Ramos. Com a reconversão do edifício, no térreo ele contará com uma grande praça coberta, seguida de um segundo andar para área cultural e central de artesanato. No local, artistas poderão fazer exposições e apresentar shows. No terceiro pavimento ficará a gastronomia, com três operações de restaurantes, e no quarto o mirante.

Resgate

O planejamento prevê o resgate dos elementos originais da pavimentação das calçadas e das ruas; instalação de mobiliários urbanos e arborização das vias; implementação de acessibilidade nas esquinas e logradouros; melhoria da iluminação ambiente e cênica no prédio.

“O conceito vai além do mirante e marina. O edifício vai ter conexão da gastronomia regional à mobilidade urbana. Com a marina, os frequentadores poderão chegar ou sair para um passeio pelo rio, e operadores turísticos serão chamados para a operação. É um projeto inédito que se soma ao grande volume de investimentos da Prefeitura de Manaus, para transformar a capital num centro de negócios, turismo e uma melhor cidade para se viver”, observa o diretor-presidente do Implurb, engenheiro Carlos Valente.

Para Pedro Paulo Cordeiro, a grande área de lazer vertical servirá de conexão natural e cultural com a paisagem bem à frente, o rio e sua beleza.

“O complexo atenderá negócios de gastronomia, terá lazer, cultura, eventos para atrair o público. A ideia é aproveitar ao máximo a própria estrutura do prédio. E junto ao edifício vamos ter uma praça, o largo. Essa sinergia serve para ativar o espaço urbano. São projetos totalmente diferenciados, baseados nas melhores práticas urbanas e sustentáveis, com diversas técnicas de implantação”, comenta o arquiteto.

Comissão

Os trabalhos são concentrados na Comissão Técnica para Implementação e Revitalização do Centro Histórico de Manaus, criada pelo decreto nº 5.034/2021, que atua na definição de pontos de intervenção para o projeto. O “Nosso Centro” tem três grandes eixos, “Mais Vida”, “Mais Negócios” e “Mais História”.

A comissão tem coordenação do Implurb, contando com diretores, gestores e técnicos com expertise no tema, das secretarias municipais de Finanças e Tecnologia da Informação (Semef), do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi), e Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult). Para o parque da ilha de São Vicente a Secretaria de Meio Ambiente (Semmas) atuará no setor de paisagismo e arborização.

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