Amazonas

Combate à sífilis congênita no Amazonas terá campanha para investigação e prevenção de casos

Com o número de casos em queda, o enfrentamento à sífilis congênita no Amazonas vai contar agora com uma campanha de incentivo à investigação e prevenção, estabelecida em lei sancionada pelo governador Wilson Lima. No ano passado, houve uma redução de 60,9% nos casos no estado.

Além da identificação precoce, com a investigação da magnitude do contágio, a campanha tem o objetivo de implantar medidas de prevenção de novos contágios, melhorar as informações sobre as formas de contaminação e avaliar a assistência prestada às gestantes e parceiros.

A sífilis congênita pode ser prevenida, como explica a médica infectologista da Fundação de Medicina Tropical, Dessana Chehuan. “Isso desde que seja feita a testagem regularmente no pré-natal, e, caso o resultado seja positivo, a mãe tenha acesso ao tratamento antes do bebê nascer, evitando assim a transmissão vertical”, explicou.

Quando a mulher adquire sífilis durante a gravidez, segundo a médica, poderá haver infecção assintomática ou sintomática nos recém-nascidos.

A doença tem tratamento e pode ser prevenida de forma simples, segundo a coordenadora do núcleo de HIV da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), Luciana Gomes. “Com o uso de preservativo, testagem regular para diagnóstico precoce e tratamento adequado em tempo oportuno”, disse.

Controle e prevenção – De acordo com Luciana Gomes, a medida mais efetiva de controle da sífilis congênita é a oferta de assistência e captação precoce para o pré-natal às gestantes, além da realização de, no mínimo, seis consultas com atenção integral.

Pela nova lei, estão previstas ações que incluem divulgação de informações por meio de cartilhas explicativas em unidades públicas de saúde, vídeos demonstrando a prevenção e o tratamento adequado, palestras, entre outros meios.

Cenário epidemiológico – Em 2021, o Amazonas registrou 168 casos de sífilis congênita, contra 430 de 2020. Mais de 90% dos casos foram registrados na faixa etária de 15 a 59 anos.

FOTOS: Rodrigo Santos/SES-AM

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