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COVID 19

Brasil é o 66º que mais vacina em proporção e o 4º em números totais

País ganha posições em ranking global, mas com menos de 11% de vacinados com a 2ª dose e está longe do fim da pandemia 

O Brasil subiu para a 66ª posição entre os países que mais vacinam contra a covid-19 no mundo na relação por 100 habitantes. Com a campanha iniciada no fim de janeiro, é o quarto no planeta com mais doses aplicadas (números absolutos).

Em março, o país ocupava o 73º lugar na escala proporcional e o quinto em números absolutos.

Os dados foram compilados no fim da tarde desta sexta-feira (4) pelo R7 com base no Our World in Data, plataforma alimentada por pesquisadores da Universidade de Oxford, do Reino Unido, e o Localiza SUS, do Ministério da Saúde.

Até esta sexta, às 18h, o país havia vacinado 47,6 milhões de pessoas com a primeira dose, o equivalente a 22,6% da população, e 22,7 milhões com as duas doses, o que representa 10,8%.

Apesar da subida nos rankings, a análise dos sites de monitoramento indica que o Brasil tem um longo caminho pela frente para ter sua população imunizada com pelo uma injeção.

Segundo os cálculos dos cientistas da instituição britânica, apenas 33% dos habitantes do maior país da América do Sul recebeu ao menos uma injeção de imunizante. E a velocidade média, em um intervalo de sete dias, era, nesta sexta-feira, de 0,34 dose aplicada para cada grupo de 100 pessoas.

Para se ter uma ideia, com pouco mais de 33 mil habitantes, as ilhas Seychelles, na África Oriental, território que mais vacina no mundo proporcionalmente, tem 136,74 doses aplicadas para cada grupo 100 pessoas. Isso porque, a depender do imunizante, é necessária mais de uma dose, caso por exemplo das administradas atualmente no Brasil.

Ranking de vacinação (números absolutos)*

1º China (723,4 milhões de doses)
2º EUA (297,7 milhões de doses)
3º Índia (218,3 milhões de doses)
4º Brasil (70,3 milhões de doses)
5º Reino Unido (66,75 milhões de doses)

Ranking de vacinação (a cada 100 pessoas)*

1º Ilhas Seychelles (136,7)
2º Emirados Árabes (133,7)
3º San Marino (126,51)
4º Malta (122,5)
5º Israel (122,3)

66º Brasil (33,09)

Ritmo lento

A vacinação no Brasil começou em 17 de janeiro, logo após a Anvisa autorizar de forma emergencial a aplicação da CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, e a CoviShield, da Oxford/AstraZeneca/Fiocruz. Em maio, o imunizante da Pfizer foi introduzido no PNI (Plano Nacional de Imunização) do Ministério da Saúde.

Nesta sexta-feira, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que o Brasil deverá receber antecipadamente 3 milhões de doses da vacina da Jonhson.

“Hoje [ontem, 3] mesmo nós fechamos com a Janssen [braço farmacêutico da Johnson & Johnson] para trazer mais 3 milhões de doses, que serão aplicadas agora no mês de junho”, indicou Queiroga sem dizer, no entanto, a data exata da chegada do imunizante.

Diferentemente das demais vacinas em uso no país, a da Johnson consegue proteger contra a covid-19 com uma única dose. Portanto, a chegada do carregamento poderá imunizar mais 3 milhões de brasileiros.

A programação inicial previa a entrega de imunizante da Johnson a partir de julho, com 16,9 milhões de doses enviadas até setembro. As outras 21,1 milhões chegariam entre outubro e dezembro de 2021.

Dia D para compensar atraso

Para acelerar a imunização total no estado de São Paulo, governo local faz neste sábado (5) o Dia D para a aplicação da segunda dose contra a covid-19, que está atrasada. A iniciativa, feita em parceria com os municípios, pretende vacinar mais de 400 mil pessoas que não completaram o esquema vacinal.

Devem ser vacinadas as pessoas que estão com mais de 28 dias de atraso em relação às doses da CoronaVac e mais de 12 semanas do imunizante da Fiocruz/Astrazeneca.

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de quarta-feira (2) apontou que 442 mil pessoas estão com a segunda dose em atraso, sendo 172 mil relacionadas à vacina da Fiocruz e 270 mil do Butantan.

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