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Varejo deve aproveitar queda do diesel para reduzir custos

Os varejistas estão diante de uma oportunidade de redução de custos logísticos com a queda do preço do diesel, que caiu 34% no acumulado dos últimos 12 meses, conforme dados de julho da Agência Nacional do Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (ANP). Como o diesel corresponde de 30% a 35% dos custos de transporte rodoviário de cargas no país, segundo a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística), a possibilidade de renegociação do valor do frete pode beneficiar não só as empresas de varejo, mas também refletir no preço final do produto.

Porém, os benefícios da redução de custos não são automáticos. Os preços dos transportes que foram definidos em contratos anteriores a 12 meses refletiam um diesel mais caro, mas, em geral, não há cláusulas de ajustes nos valores conforme a oscilação do combustível. Para Camila Affonso, sócia da Massimo Consulting, especializada no setor de Bens de Consumo, este é o momento ideal para as empresas revisarem negociações e realizarem concorrências abertas para a contratação de transportadoras.

“Renegociar com os atuais fornecedores tem a vantagem de manter uma equipe experiente naquela operação, mas a desvantagem de quedas menos expressivas nos preços. Por outro lado, ao realizar um bid e atrair diversas empresas interessadas no contrato, o varejista pode conseguir custos mais competitivos. Neste caso, precisará implementar a mudança de fornecedor, estabilizar a operação e desenvolvê-la até alcançar o ponto ideal”, explica Camila Affonso.

De acordo com a especialista, para elaborar um bid eficiente, é preciso observar as necessidades de cada tipo de varejista. “Não basta olhar para preço: dependendo do produto a ser transportado, é preciso atender a alguns requisitos de segurança ou ainda ter licenças específicas, como cargas refrigeradas ou produtos químicos. Além disso, marcas de alto valor agregado devem investir em uma logística que garanta o nível de serviço demandado. Por isso, o primeiro passo é mapear quais são os fornecedores de transporte que têm capacidade de atender aos requisitos da empresa”, detalha Camila Affonso.

De acordo com a sócia da Massimo Consulting, é fundamental ter uma metodologia apropriada para tornar o processo de bidding mais eficiente. Entre os pontos elencados por Camila Affonso, estão: reunir transportadoras capacitadas e aplicar questionários assertivos para se avaliar diversos itens que pontuarão para qualificar e ranquear os fornecedores participantes. O estudo avalia não apenas os custos e serviços incluídos, mas também a localização de armazéns, o que pode impactar diretamente no planejamento tributário, entre outros.

A atuação da Massimo abrange ainda a negociação (fase em que é fundamental o domínio da estrutura de custos logísticos), a elaboração de contratos e a implementação do novo fornecedor, da estabilização até o ramp up da operação. Além do transporte, a metodologia é válida também para BIDs de operador logístico e armazenagem, áreas em que a Massimo tem larga experiência no Brasil e na América Latina, com indicadores apropriados para cada região e melhores práticas de mercado.

“A isenção e o profundo conhecimento da operação, aliados ao entendimento de como esta se encaixa na estratégia de posicionamento do cliente, são os principais diferenciais da Massimo, cujo foco é oferecer a agilidade e a tranquilidade necessárias para este tipo de transição”, comenta Camila Affonso.

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