Saude

Treinamento em Entomologia para técnicos da Amazônia Legal é realizado na FVS-RCP

Para aprimorar as estratégias entomológicas no país, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, e o Instituto Oswaldo Cruz (IOC) realizam nesta segunda-feira (22/11), o 1º Curso de Capacitação de Ensaios de Avaliação de Resistência em Anofelinos. O evento é sediado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FCS-RCP), com a participação de 30 técnicos das secretarias estaduais de saúde que compõem a Amazônia Legal e representante da Organização Pan-Americana (Opas).

Para a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, o treinamento é uma oportunidade de reunir e debater estratégias voltadas para o fortalecimento da vigilância ambiental. “A FVS-RCP é o órgão responsável pelo combate às endemias no Estado e participar do treinamento demonstra o reconhecimento do protagonismo no combate à malária”, avaliou.

O chefe do departamento de Vigilância Ambiental da FVS-RCP, Elder Figueira, salienta a importância do programa da malária voltar à pauta política de saúde pública. “Malária é um agravo importante na região amazônica e melhorar as estratégias de controle vetorial é, também, uma estratégia para diminuir os casos da doença”, ressaltou.

De acordo com o Chefe do Laboratório de Fisiologia e Controle de Artrópodes Vetores do Instituto Oswaldo Cruz, José Bento, coordenador do treinamento, é necessário que os Estados e os municípios passem a realizar a vigilância da resistência de inseticida.

“Vamos capacitar os técnicos de entomologia para aplicar a metodologia de avaliação de resistência vetorial a inseticida, para detectar precocemente a alteração de sustentabilidade e, assim, promover o uso racional do inseticida, garantindo o controle de vetores e a proteção do meio ambiente, sem o uso excessivo dos produtos químicos”, pontuou.

O evento acontece até o dia 26 de novembro. E no primeiro dia contou com as palestras: “Malária nas Américas”, “Malária no Brasil”, “Situação da Malária na Amazônia”, “Metodologias de Controle Vetorial”, “Resistência a Inseticidas”, “Indicadores Entomológicas”, “Taxonomia das principais espécies vetores de malária” etc.

Cenário epidemiológico – Os dados epidemiológicos da FVS-RCP mostram que, de janeiro a outubro de 2021, foram notificados 46.842 casos da doença. O total representa uma redução de 7% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram notificados 50.418 casos – 3.566 a mais.

Ao todo, 14 municípios são responsáveis por 80% dos casos da doença no Amazonas: Barcelos (7.535), São Gabriel da Cachoeira (7.120), Manaus (3.685 Casos), Tefé (2.779), Tapauá (2.475), Carauari (2.014), Santa Isabel do Rio Negro (1.877), Coari (1.717), Lábrea (1.577), Maués (1.576), Canutama (1.502), Guajará (1.454), Atalaia do Norte (1.382) e Humaitá (1.242).

FOTO: Maíra Pessoa/ FVS-RCP

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