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Seminário destaca importância do trabalho interdisciplinar no controle da tuberculose aos profissionais de saúde da prefeitura

Profissionais de saúde da Prefeitura de Manaus participaram nesta quarta-feira, 31/5, do 1º Seminário Multiprofissional em Saúde – Importância do Trabalho Interdisciplinar Centrado no Cuidado da pessoa com Tuberculose, no auditório do Instituto Federal do Amazonas (Ifam) – Campus Centro, zona Sul.

A programação foi organizada com a participação do Comitê Estadual de Controle da Tuberculose no Amazonas, que reúne instituições como a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e Organizações da Sociedade Civil (OSCs), a partir da iniciativa do setor de Serviço Social da Policlínica Cardoso Fontes, instituição de referência estadual do Programa de Controle da Tuberculose.

Segundo o chefe do Núcleo de Controle de Tuberculose da Semsa, enfermeiro Daniel Sacramento, que participou do seminário como palestrante, o evento reuniu profissionais dos serviços de saúde envolvidos na execução do Programa de Controle de Tuberculose.

“Como a tuberculose é uma doença multifatorial, exige o envolvimento de uma equipe multidisciplinar no cuidado com o paciente. O seminário tem como objetivo fortalecer a integração das equipes de saúde para o atendimento da pessoa com tuberculose, com o envolvimento de médicos, enfermeiros e dos setores de farmácia, serviço social e psicologia. E essa integração permite que o paciente receba as orientações necessárias e tenha uma melhor adesão ao tratamento, aumentando as chances de cura”, destacou Sacramento.

O seminário foi dividido em dois momentos: o primeiro abordou o cenário epidemiológico e a linha de cuidado na rede de atenção primária, secundária e terciária no Sistema Único de Saúde (SUS); e o segundo momento envolveu a apresentação de experiências dos profissionais de enfermagem, serviço social, psicologia e farmácia, que atuam no Programa de Controle da Tuberculose.

A assistente social Marklize Siqueira, que atua na Policlínica Cardoso Fontes e participou da coordenação do seminário, contou que a programação foi preparada para esclarecer que o controle da tuberculose será possível apenas com um trabalho multiprofissional em saúde que atenda todos pacientes de tuberculose que ingressam na rede de atendimento.

“A meta do Brasil é erradicar a tuberculose até o ano de 2030, mas só conseguiremos controlar a tuberculose quando existir um trabalho multiprofissional em saúde, em que o paciente na rede de atendimento vai passar pela consulta médica e de enfermagem, pelo serviço social, psicologia e farmácia. E o seminário é uma oportunidade para trabalhar a educação em saúde e qualificar os profissionais da Atenção Primária, Secundária e Terciária, como forma de fortalecer o Programa de Controle da Tuberculose”, afirmou Marklize Siqueira.

A enfermeira Dinah Cordeiro, técnica do Núcleo de Controle de Tuberculose da Semsa, participou de uma Mesa Temática no seminário para discutir o Protocolo de Enfermagem na Atenção Primária em Saúde.

Destacando as atribuições da enfermagem no controle da tuberculose, a enfermeira citou o trabalho de busca ativa de sintomáticos respiratórios (pessoas com tosse por duas semanas ou mais); o acompanhamento dos pacientes com a doença; coordenação na busca do paciente faltoso; e a realização do teste de Prova Tuberculínica para a investigação da pessoa com tuberculose latente, que ocorre quando a pessoa foi infectada, mas não apresenta manifestação da doença ativa, e para investigação diagnóstica das crianças com tuberculose ou tuberculose latente.

“O seminário aponta a importância da participação de todos os profissionais no controle da tuberculose. É um trabalho de parceria como um Projeto Terapêutico Singular, em que todos os profissionais se reúnem e discutem o acompanhamento do paciente, principalmente quando há questões de vulnerabilidades com risco em relação à adesão ao tratamento. Os profissionais definem metas e responsabilidades para acompanhar o paciente, o que envolve questões clínicas, mas também psicológicas e sociais”, explicou Dinah Cordeiro.

O médico Martin Sanchez, da Unidade de Saúde da Família – Leste 30 (USF – L 30), no bairro Coroado, zona Leste de Manaus, reforçou também a importância da participação de todos os profissionais da Unidade de Saúde no cuidado ao paciente com tuberculose.

“Não é necessário apenas o envolvimento do médico ou enfermeiro para o controle da tuberculose, mas também da equipe de recepção na Unidade de Saúde, que faz o primeiro acolhimento, até o Agente Comunitário de Saúde que trabalha mais próximo das famílias nas comunidades. Também é importante a participação da família porque o paciente sintomático respiratório muitas vezes não procura a Unidade de Saúde e a família não leva para atendimento médico, acham que podem curar a doença com remédios caseiros. Mas, isso é um risco, já que paciente, sem iniciar o tratamento, continua transmitindo a doença para outras pessoas”, alertou Martin Sanchez.

Texto – Eurivânia Galúcio / Semsa

Fotos – Divulgação / Semsa

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