Em reunião nesta segunda-feira (13/06), representantes da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) e do Sindicato da Indústria Cerâmica e Olarias do Amazonas (Sindicer-AM) discutiram questões relativas ao setor oleiro e ao polo de olarias, que abrange os municípios de Iranduba e Manacapuru (a 27 e 68 quilômetros da capital, respectivamente). O encontro ocorreu na sede da Sedecti.
Segundo o titular da Sedecti, Angelus Figueira, o Governo do Amazonas, por meio da Sedecti, tem o papel de formular uma proposta junto ao Sindicato para que se possa avançar com as questões do setor das olarias.
“Nossa ideia é deslanchar com o setor, que gera quase 3 mil empregos no eixo Iranduba-Manacapuru. O governo está comprometido com o setor, comprometido com a geração de emprego e renda no estado”, frisou o secretário.
Definição
O vice-presidente do Sindicer-AM, Sandro Augusto Lima dos Santos, disse que o objetivo da reunião com a Sedecti foi para “uma definição da implantação do distrito cerâmico oleiro da região, que contempla as indústrias de Iranduba e Manacapuru, e também sobre o uso do gás natural e uso de novos produtos”.
“A intenção é que a gente produza aqui no Amazonas a nossa linha de cerâmica branca, dado que se tem um custo de quase 70% só de frete para esse produto chegar ao nosso estado”, revelou o vice-presidente.
Potencial
De acordo com Sandro Augusto, a região oleira de Iranduba e Manacapuru possui um potencial muito bom de argila.
“Acho que a maior bacia biológica (de argila) é a do Amazonas, e também temos um mercado onde já fizemos estudos de viabilidade e questão econômica. Inclusive, já mandamos blocos de telhas para o mercado americano e foi muito bem aceito”, alegou o vice-presidente.
Sandro Augusto complementou ainda que o setor de olarias já chegou a gerar cerca de 4.500 empregos, mas que hoje emprega cerca de 3 mil. “O grande motivador disso é a falta de material de queima”, apontou.
Distrito
O Distrito de Desenvolvimento Regional Manacapuru e Iranduba (DDRMI) é um projeto sob a coordenação da Sedecti, visando promover o desenvolvimento regional dos municípios e adjacências, que são cortados pelo traçado do gasoduto e onde se concentra um dos principais polos do setor oleiro cerâmico da região Norte.
Os principais beneficiados com a criação do DDRMI são os segmentos das indústrias de cerâmico-oleiro, madeireiras, movelarias, piscicultura e outras atividades endógenas da região.
FOTOS: Ramon Arcanjo/Sedecti