Um documentário sobre a trajetória de Nivaldo Santiago, que faleceu em abril deste ano, e um concerto, realizado pela Orquestra de Câmara do Amazonas (OCA), serão exibidos em homenagem ao maestro amazonense, na terça-feira (14/07), a partir das 19h20, nas redes sociais da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (@culturadoam).
O documentário “Nivaldo Santiago – O Regente de Manaus” foi gravado em julho de 2012, uma das últimas visitas do maestro a Manaus, por ocasião da celebração dos 65 anos do Coral João Gomes Júnior. No filme, Nivaldo conta de forma resumida aspectos fundamentais de sua vida, desde Boca do Acre, onde nasceu, aos locais onde formou-se músico, compositor e arranjador emérito, em Santa Catarina e São Paulo, e também no exterior, no Canadá e Itália. O maestro também fala sobre o movimento musical amazonense nos anos de 1940, 1950 e 1960.
O filme tem direção e roteiro do artista plástico Sérgio Cardoso, com edição de Márcio Nascimento. “Este filme, precisamente, significa o registro da memória de Nivaldo Santiago. Inestimável artista amazonense, compositor, arranjador, músico e maestro”, declara Cardoso.
Concerto – Às 20h, em uma live transmitida do palco do Teatro Amazonas, a Orquestra de Câmara do Amazonas (OCA) realizará um concerto em homenagem a Nivaldo Santiago. Com regência do maestro Marcelo de Jesus e participação do solista Raimundo Nilton, ao violino, a apresentação vai contar com músicas de autoria de Nivaldo e também de Raimundo.
“O dia 14 é simbólico, pois é a data de aniversário do maestro Nivaldo Santiago. Por conta do período em que estávamos vivendo no momento de sua morte, não conseguimos realizar esta homenagem antes. Ele foi um grande agitador cultural, tendo formado vários grupos importantes, como o Coral João Gomes Júnior, entre outros. Uma personalidade atuante no mundo da música”, afirmou Marcelo de Jesus.
Nivaldo Santiago – Nivaldo Santiago nasceu no Amazonas, em 14 de julho de 1929 e graduou-se em piano pela Faculdade de Música “Carlos Gomes”, em São Paulo. Em Manaus, o maestro participou da criação do Coral João Gomes Júnior, em 1956, sendo um dos grupos mais antigos do Brasil.
Foi o responsável pela transformação do Conservatório de Música Joaquim Franco em unidade acadêmica da então Universidade do Amazonas (UA), em 1968. Criou, também, o Coral Universitário do Amazonas, na década de 1970; além de orquestras e coros em São Paulo e no Pará.
No início dos anos 2000, fez, junto com o maestro Luiz Fernando Malheiro, a revisão da ópera “Alma”, de Claudio Santoro. No dia 3 de novembro de 2014, em uma cerimônia realizada no Teatro Amazonas, Nivaldo recebeu o título de Professor emérito da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) por sua trajetória na música regional.
Em novembro de 2019, Nivaldo participou da estreia mundial da cantata cênica “Romance das Icamiabas”, também no Teatro Amazonas. Um poema de João de Jesus Paes Loureiro, com música de Nivaldo.
Nivaldo Santiago morreu no dia 4 de abril de 2021, aos 91 anos, em Bom Despacho, Minas Gerais, cidade onde morava.
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