A intenção é usar esse tipo de habitação em comunidades ribeirinhas, em Unidades de Conservação
As Secretarias de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb) e de Meio Ambiente (Sema) reuniram-se, nesta quinta-feira (26/10), para discutir o projeto modelo de casas sustentáveis destinadas às comunidades ribeirinhas localizadas em Unidades de Conservação do Amazonas. A intenção do Governo do Estado é incluir o projeto no programa Amazonas Meu Lar.
A reunião, na sede da Sedurb, contou com a participação do secretário Marcellus Campêlo e sua equipe técnica, e do secretário da Sema, Eduardo Taveira.
O objetivo, com a adoção do novo modelo, explica Marcellus Campêlo, é ter unidades habitacionais sustentáveis adaptáveis às mudanças climáticas e às condições geográficas regionais. A proposta é utilizar madeiras de reflorestamento e mão de obra local. Além disso, implantar nas comunidades programas que vão garantir serviços essenciais aos moradores, também na mesma linha de sustentabilidade. São exemplos o Ilumina + Amazonas, que usa luminárias de LED na iluminação pública, e o Água Boa, que leva água potável para comunidades rurais.
De acordo com Marcellus Campêlo, o Governo do Estado pretende incluir o modelo de casas sustentáveis ao Amazonas Meu Lar, transformando-o em mais uma linha de atendimento do programa.
“É determinação do governador Wilson Lima trabalharmos em uma linha de ação do Programa Amazonas Meu Lar para essas comunidades mais isoladas. É nossa intenção, portanto, trabalhar todos os aspectos da sustentabilidade”, explicou.
De acordo com a Sema, existem 42 comunidades em Unidades de Conservação, das quais 16 já têm Concessão de Direito Real de Uso (CDRU) e estão elegíveis para a linha de trabalho do projeto.
“Estamos fazendo a adaptação de um modelo nacional para a nossa realidade. Muitos moradores vão precisar ser realocados em áreas mais seguras, assim como comunidades que foram afetadas pela seca e pela cheia, para poderem ter oportunidade a uma moradia digna e com características regionais, com uso de madeira local, mão de obra local, acesso à energia solar”, explicou Taveira.
Na próxima quarta-feira (01/11), as equipes da Sedurb e da Sema estarão reunidas novamente para dar continuidade às tratativas do modelo a ser implantado.
Foto: Tiago Corrêa / UGPE