Representantes da Prefeitura de Manaus, da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman) e das maiores empresas de metalurgia e sucata da cidade estiveram reunidos na tarde desta quinta-feira, 30/9, para uma avaliação dos primeiros 60 dias de assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), instituído para conter o furto e a receptação de materiais utilizados pelas empresas concessionárias dos serviços essenciais, no mês de agosto.
Durante a conversa com os empresários, o diretor-presidente da Ageman, Fábio Alho, destacou a iniciativa das empresas de manterem o compromisso firmado com a Prefeitura de Manaus e órgãos de segurança do Estado, a fim de não recepcionar o material furtado.
“Outro ponto que gostaria de destacar é que vocês estão colaborando com a difusão da existência do TAC, junto aos sucateiros de menor porte. Saibam que, agindo assim, estão promovendo uma conscientização a respeito dos danos causados à sociedade com a ocorrência dos furtos”, afirmou Fábio.
Para o assessor da prefeitura e futuro secretário de Defesa Social, Sérgio Fontes, os casos de furtos reduziram significativamente, no entanto, ainda há registros pontuais como as situações envolvendo os transformadores de energia.
Fontes afirmou que nos próximos dias deverá ocorrer uma reunião de avaliação do cenário com os órgãos de segurança do Estado, a fim de alinhar novas estratégias de repressão aos furtos e à atuação dos receptadores. Ele lamentou ainda o fato da população não ter o hábito de denunciar os furtos, sobretudo quando acontece nas escolas ou unidades de saúde.
“Está faltando o espírito de pertencimento nas pessoas, que muitas vezes estão vendo escolas, por exemplo, serem alvo desses furtos e não denunciam, sendo que aquilo que está sendo levado vai fazer falta no dia seguinte para aquela comunidade”, afirmou.
Ainda ao longo da reunião, os empresários citaram que a publicidade em torno das fiscalizações e a assinatura do termo de ajustamento refletiu na redução da oferta de material de procedência duvidosa nas empresas e que a recusa, por parte dos empresários, tem aumentado.
“Nesse tempo eu recusei pelo menos oito telefonemas de pessoas me oferecendo material de procedência duvidosa”, afirmou um dos empresários.
Participaram da reunião de avaliação os representantes das empresas Empório de Metais, Capitão Ferreira, Cometais, A.J Metais e Prime. As empresas Gerdau e Royal não enviaram representantes.