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Manaus

Prefeitura de Manaus realiza operação ‘Estiagem 2024’ com a entrega de mantimentos para comunidades entre os rios Aruaú e Apuaú

Primeira etapa da operação ‘Estiagem 2024’ da prefeitura irá atender cerca de 7,8 mil famílias de 43 comunidades do rio Negro

Dando continuidade à operação “Estiagem 2024”, a Prefeitura de Manaus realizou, nesta terça-feira, 17/9, a entrega de mantimentos para famílias das comunidades localizadas entre os rios Aruaú e Apuaú, afluentes do rio Negro, na zona ribeirinha da capital amazonense. A ação deste ano, iniciada pelo prefeito David Almeida, nesta segunda-feira, 16/9, ocorre de forma antecipada em relação à operação de 2023.

As comunidades atendidas foram Lindo Amanhecer, Coração de Maria, Nova Jerusalém, Santa Isabel, São Francisco e Nova Canaã, que são as que ficam mais distantes da zona urbana de Manaus. Nessa primeira etapa da operação serão atendidas cerca de 7,8 mil famílias de 43 comunidades da margem do rio Negro.

Ao todo estão sendo entregues cestas básicas que somam 100 toneladas de alimentos, 110 mil litros de água potável e 5.500 kits de higiene pessoal. As comunidades também serão beneficiadas com 50 bombas d’água, 50 mangueiras de 100 metros, para auxiliar os produtores rurais com irrigação e, ainda, 50 filtros de água com capacidade de garantir a produção de 10 mil litros de água potável por dia, uma ação inédita da prefeitura realizada nessa operação.

O secretário executivo da Defesa Civil de Manaus, Gladiston da Silva, informou que a operação já realizou a entrega de mantimentos em comunidades mais próximas da zona urbana da cidade e que, nesta terça-feira, segue em áreas mais distantes.

“Nós começamos a primeira fase da operação ‘Estiagem’ nesta segunda-feira, fazendo o abastecimento das embarcações. Já atendemos as primeiras comunidades indígenas que ficam no rio Negro, Sipiá, Tatulândia, Caioé, Baixote e seguimos. Hoje estamos parados aqui na Ponta da Cunhã, próximo ao rio Aruaú e ao rio Apuaú, onde a gente dá prosseguimento a esse trabalho de entrega de ajuda humanitária. Nós pretendemos, até quinta-feira, 19 de setembro, atender as 43 comunidades que vão aqui do rio Apuaú até lá no rio Tarumã-Mirim”, explicou Gladiston.

Cada família está recebendo mantimentos para dois meses, de acordo com o secretário executivo. A segunda fase da operação tem previsão de ser realizada na próxima semana, atendendo mais 40 comunidades na margem do rio Amazonas.

A pescadora Zilane Costa, da comunidade Lindo Amanhecer, conta que a situação para se manter já está difícil por conta da seca e agradece pela chegada dos mantimentos de forma antecipada, bem antes da seca tornar a navegabilidade quase impossível para sua comunidade.

“No ano anterior ficou mais difícil para nós, porque estava mais seco ainda, agora nós ainda conseguimos embarcar mais próximo da nossa casa, mas se demorasse mais seria mais dificultoso para sair da nossa localidade. Então, é muito boa essa ajuda que nós estamos recebendo, porque como nós somos pescadores, fica muito difícil para nós nesse período de seca”, disse.

O diretor do posto de saúde da comunidade Nova Jerusalém, Valdemir Nascimento, comentou que enfrentar uma seca igual a deste ano não será fácil para os ribeirinhos e o apoio ofertado pela prefeitura chega em boa hora.

“Toda ajuda é bem-vinda, porque na situação em que vivemos aqui na zona ribeirinha, não é fácil a gente encarar uma seca dessa, como a gente encarou no ano passado. A gente agradece de coração a entrega desse benefício aqui para nós, ribeirinhos, como o prefeito está fazendo, antecipada”, agradeceu.

Coordenada pela Prefeitura de Manaus, a operação conta com a participação de oito pastas: as secretarias municipais de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc), da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), de Infraestrutura (Seminf), da Saúde (Semsa), de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg)/Defesa Civil, de Educação (Semed) e de Limpeza Urbana (Semulsp), e da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman).

Devido à estiagem, que se encaminha para ser uma das mais severas da história, o prefeito David Almeida decretou Estado de Emergência na capital amazonense. O objetivo é facilitar a liberação e o uso de recursos do governo federal, para atenuar o impacto da vazante dos rios na vida da população. A medida tem validade de 180 dias.

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