No Dia Nacional da Alfabetização, comemorado nesta quinta-feira, 14/11, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), apresenta ações que buscam alfabetizar 100% dos estudantes até o 2º ano do ensino fundamental. Em 2023, a rede municipal de Educação atingiu 94,6% desses estudantes, esse resultado demonstra o esforço dos educadores em sala de aula e da implantação dos programas “Alfabetiza+”, para estudantes do 1º e 2º em processo de alfabetização, e o “Alfabetiza Manaus” voltado para a aprendizagem dos estudantes do 3º e 5º ano.
Para o subsecretário de Gestão Educacional, Júnior Mar, um aluno alfabetizado não é apenas uma criança que sabe decodificar palavras. “Não existe aprendizagem, leitura sem reflexão de um texto. Muitas vezes a gente pensa que saber ler é apenas decodificar palavras, a leitura está na interpretação e é dessa forma que a Semed trabalha com os estudantes, fazendo com que eles reflitam e que isso faça sentido na vida de cada um e que provoque mudanças”, afirmou.
Neste ano, o “Alfabetiza+” é desenvolvido em 311 unidades de ensino e conta com a dedicação de 2 mil professores e a participação de 52 mil estudantes, com atividades interdisciplinares que tem como foco da ação pedagógica a alfabetização. Já o “Alfabetiza Manaus”, está presente em 374 unidades de ensino, atendendo 5.460 estudantes.
Até o 3º bimestre foram alfabetizadas mais de 26 mil crianças, sendo 9.631 do 1º ano e 16.462, do 2º ano. Toda essa evolução na educação municipal de Manaus, colocou a educação básica da capital em quinto lugar nos anos finais (6º ao 9º) ano e em sexto nos anos iniciais (1º ao 5º) no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Na escola municipal José Carlos Mestrinho, no bairro Nossa Senhora das Graças, zona Centro-Sul da capital, as mais de 350 crianças da Educação Infantil ao Ensino Fundamental anos iniciais (1º ao 5º ano) participam de atividades lúdicas e pedagógicas que desenvolvem a leitura e a escrita.
É dessa forma que a professora do 1º ano, Jane Maia de Souza, consegue chegar ao fim do ano com todas as crianças alfabetizadas.
“Eu sempre procuro inovar as minhas metodologias de ensino, já que uma criança é diferente da outra e não aprendem do mesmo jeito. Então, eu utilizo muito gravuras, desenhos, conversas, curiosidades que despertam interesse pela leitura e é dessa forma que a gente consegue chegar ao fim do ano com todas as crianças alfabetizadas”, explicou a educadora.
O aluno do 1º ano, Jander Nobre, de 7 anos, aprendeu a ler e agora é ele quem conta história para a mãe. “Quando eu era pequeno e não sabia ler, olhava os desenhos no livro e criava uma história, depois minha mãe lia para mim. Agora, eu pego o livro e leio para ela e a história que eu mais gosto é a de Moisés”, disse.
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Texto – Érica Marinho/Semed
Fotos – Ulisson Santos/Semed