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Prefeitura conclui curso de qualificação de ACSs que atuam na zona Sul para aprimorar ações de saúde

Prefeitura de Manaus concluiu o curso de qualificação de Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) vinculados ao Distrito de Saúde (Disa) Sul, nesta quinta-feira, 27/4, com o intuito de fortalecer as ações de saúde desenvolvidas na região. Promovido pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), o curso teve como foco principal o cadastramento dos dados atualizados dos usuários nos sistemas oficiais de saúde.

A diretora do Disa Sul, Jucinara Oliveira, informou que a capacitação teve carga horária de 80 horas e alcançou 20 ACSs da Unidade de Saúde da Família (USF) Morro da Liberdade, que atualmente estão inseridos na USF Lúcio Flávio. A estratégia visa melhorar a coleta, digitação e atualização dos dados cadastrais do cidadão no CADWEB-SUS e e-SUS.

“O ACS realiza o cadastro individual, familiar e domiciliar, por meio da visita casa a casa, por isso essa atualização se faz tão necessária. Teremos um conhecimento qualificado da população que vive naquele território para, assim, planejar e disponibilizar os atendimentos de saúde básica que esse público necessita”, destacou Jucinara.

A diretora contou que a capacitação foi desenvolvida tendo em vista que há um grande número de usuários da USF Morro da Liberdade ainda sem cadastro individual, familiar ou territorial, seja por mudança de endereço, por nascimento ou óbito. Outra preocupação é a quantidade de pessoas com mais de um Cartão Nacional de Saúde (CNS), sendo necessária a unificação dos dados.

“Os ACS vão reforçar as atividades em campo para coletar os documentos necessários para atualização de dados, além da atualização de endereço e contato telefônico. O elevado número de cadastros desatualizados e cidadãos não vinculados às equipes da Estratégia Saúde da Família da USF Morro da Liberdade tem prejudicado os resultados dos indicadores do Previne Brasil, trazendo prejuízos no repasse dos recursos financeiros”, observou.

Planejamento

Jucinara Oliveira detalhou que a partir da coleta e registro de dados, os ACSs elaboram o perfil epidemiológico que norteia o planejamento das atividades das equipes de saúde. Ou seja, é possível identificar quantas grávidas há no território, quantos idosos, crianças, diabéticos, hipertensos, entre outros grupos, e assim monitorar o acompanhamento em saúde desses públicos, por exemplo.

“O Ministério da Saúde tem a necessidade de ter um controle dos usuários do Sistema Único de Saúde, pela enorme abrangência da assistência prestada no país e para evitar fraudes que podem apresentar contas indevidas ao sistema. O cadastramento gera um banco de dados do Ministério da Saúde que serve para fazer uma avaliação, planejamento e programação nas ações de saúde, tendo o controle da faixa etária, das condições da região, e o número de pessoas com necessidade de atenção e cuidado à saúde”, acrescentou.

Benefícios

A cirurgiã-dentista Lia Meira Lins foi uma das palestrantes do curso, realizado no período de 20 dias. Ela explicou que através do registro dos agentes de saúde, é possível conhecer a realidade do território, tanto a questão social, quanto demográfica e epidemiológica.

“Nossa grande preocupação é o resgate da informação do nosso território e o fortalecimento de vínculos, pois muitos foram perdidos durante a pandemia. Esses dados passaram a ser atualizados durante o próprio curso, e agora estamos esperando um excelente impacto tanto nos indicadores, quanto na qualidade da assistência, porque sabemos que os agentes de saúde são o nosso elo com a comunidade”, pontuou Lia.

O técnico responsável pelas estatísticas do Disa Sul, Geraldo Souza, ressaltou que a ação irá contribuir com a execução das políticas públicas de saúde. “Nós que trabalhamos com os dados e transformamos esses dados em informação precisamos que eles sejam qualificados, e essa capacitação que os nossos ACSs receberam irá ajudar enormemente nessa melhoria na captação dos dados, pois poderemos gerar informações mais robustas. Isso é um ganho não só para os agentes, mas para toda a sociedade”, afirmou.

A agente comunitária de saúde, Bia Batista, atua na função há mais de 10 anos, e destacou que as capacitações constantes ajudam a manter o trabalho de qualidade ofertado pela Atenção Primária em Manaus. “Nós obtivemos muito conhecimento, tivemos um mês de preparatório, e vamos levar para frente o nosso trabalho. Estamos muito motivados para aprender e levar conhecimento para os demais colegas, e fortalecer esse vínculo que já temos com a comunidade”, disse.

Texto – Victor Cruz / Semsa

Fotos – Guilherme Silva / Semsa

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