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Policiais e bombeiros utilizam técnicas e modalidades de esportes olímpicos nas atividades diárias da profissão

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Promover a segurança da população e realizar buscas e salvamento de pessoas em situação de risco estão na lista de ações desempenhadas pela Polícia Militar do Amazonas (PMAM) e pelo Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM). E, para realizar com êxito tais atividades, policiais e bombeiros “atletas” passam por treinamentos e exploram técnicas e modalidades de esportes olímpicos individuais e coletivos.

Um dos treinamentos exigidos para o policial atuar no ciclopatrulhamento da PM, por exemplo, se assemelha com o downhill urbano, modalidade do ciclismo, que consiste na descida veloz de escadarias e outros trajetos de estruturas íngremes com obstáculos e irregularidades, presentes nas grandes cidades.

Pois é em percursos com ruas estreitas e caminhos acidentados do Centro de Manaus e dos parques espalhados pela cidade que os 42 militares da Ciclopatrulha operam, nestes que são locais inacessíveis para as viaturas tradicionais de duas e quatro rodas.

O comandante da unidade, capitão Roberto Vieira, destaca a proximidade que tem com o ciclismo, esporte que está no programa dos jogos olímpicos desde a primeira edição da era moderna, disputada na Grécia, em 1896.

“Tenho uma estreita relação com o equipamento, desde criança, quando usava como meio de locomoção e lazer, até os dias atuais, seja para prática de atividades físicas ou durante as atividades profissionais, como instrutor ou profissional de segurança (ciclopatrulheiro)”, explica o comandante.

Regimento Montado – A relação de cavalo-cavaleiro é milenar e remete à idade medieval, época de embates com espadas e aos grandes contos e fábulas infantis. Como esporte, o hipismo, denominação usada para se referir a todas as atividades desportivas que envolvam o cavalo, entrou no roteiro olímpico nos jogos de Paris, em 1900.

O treinamento dos cavalos para o policiamento é uma das áreas que capacita o equino que vai desempenhar determinadas tarefas desportivas. O Regimento de Policiamento Montado (RPMON) da PM conta, atualmente, com 17 cavalos. Juntamente com os policiais da cavalaria, eles são empregados para conter manifestações e ambientes turbulentos.

Para servir nestes casos, o cavalo deve ser treinado, desenvolver e aprimorar equilíbrio, destreza, força, agilidade e coordenação motora, características indispensáveis para um animal que vai disputar provas olímpicas de hipismo como o salto, por exemplo.

O instrutor de equitação da cavalaria, tenente Bruno Boa Sorte, enfatiza as habilidades identificadas nos equinos. “Assim como o ser humano, cada cavalo nasce com uma predisponibilidade, que geralmente é observada pelo instrutor, seja no salto, na equitação, no policiamento montado ou na formação de cavaleiros”, finalizou.

Tiro – Antes de atuar no patrulhamento nas ruas e bairros da cidade, o policial deve realizar e superar diversos treinamentos e fases para somente assim estar apto a exercer a profissão.

Uma destas etapas consiste em treinos teóricos e práticos de tiro, com as armas que a polícia geralmente utiliza como pistolas, espingardas e rifles. No caso da Polícia Civil, estes treinamentos têm cerca de três meses de duração. Instrutor de tiro, o delegado Bruno Hitotuzi, conta quais são as diferenças dos treinamentos realizados pelos policiais com os treinos de atletas que disputam competições olímpicas de tiro.

“No treinamento de tiro policial, nós obedecemos a degraus de ação e reação. O policial é treinado para verbalizar e orientar nos casos de uma ação não agressiva e mobilizar, no caso de ação agressiva”, narra Hitotuzi.

Assim como no caso dos policiais, no mundo desportivo, o tiro tem várias modalidades que exigem a precisão e velocidade dos atletas atiradores. Os tipos de armas, calibres e alvos, à distância e os limites de tempo das provas são fatores e variantes que precisam ser levados em consideração pelos competidores.

Salva-vidas – O nome autoexplicativo da área de atuação dos salva-vidas deixa claro o ato heroico que os guerreiros realizam. É em circunstâncias de risco de vida iminente por afogamentos nos rios e igarapés, que estes bombeiros entram em ação.

A natação é atividade essencial no treinamento dos salva-vidas do CBMAM. Eles precisam ter afinidade, facilidade e domínio em ambientes de meio líquido, pois, além de resgatar as vítimas, deve manter o controle psicológico e físico para preservar a própria vida.

Flutuação de peso, treinos de resgates com e sem equipamentos e busca submersa são técnicas aplicadas pelos bombeiros para ter o conhecimento mais amplo e profundo diante das modalidades da natação.

Dentro da água, seja bombeiros ou atletas olímpicos, um milésimo de segundo pode fazer toda a diferença. Enquanto o salva-vidas corre contra o tempo para efetuar o resgate, o nadador precisa ser o mais rápido possível para conquistar a medalha.

Com anos de experiência, o salva-vidas Evandro Monteiro, que atua na praia da Ponta Negra, enumera as disputas, torneios e competições de natação das quais já participou.

“Em Manaus, comecei a fazer triatlo e cheguei a integrar o Centro de Alto Rendimento do Amazonas (CTARA). Disputei o brasileiro de aquathlon (nadar e correr) e cheguei até a me classificar para o mundial, porém não disputei”, finalizou Monteiro.

FOTOS: Erikson Andrade, Pelegrine Neto e Arquivo/SSP-AM

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