A Polícia Civil do Amazonas informou, nesta quinta-feira (9), que investiga a morte de 22 cavalos em Manaus e no interior do estado. A principal linha de investigação aponta para intoxicação alimentar como possível causa das mortes.
O caso está sendo conduzido pela Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente e Urbanismo, que confirmou a morte de 12 cavalos no haras Nilton Lins, no bairro Flores, em Manaus, outros oito no bairro Tarumã e dois em Presidente Figueiredo, município a 117 quilômetros da capital.
Na última segunda-feira (6), veterinários e técnicos da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas iniciaram uma investigação epidemiológica, recolhendo órgãos de um dos animais mortos. Os primeiros sintomas apresentados pelos cavalos foram fraqueza, prostração, andar cambaleante e salivação excessiva. Foram coletados cérebro, cerebelo, tronco encefálico e fragmentos da medula espinhal para análise laboratorial.
O delegado responsável pela investigação, Guilherme Torres, afirmou que as mortes estão sendo apuradas com a ajuda de peritos criminais e técnicos especializados. Ele explicou que, desde o início do ano, os animais começaram a morrer, e amostras dos alimentos consumidos pelos cavalos foram recolhidas. Perícias foram solicitadas e necropsias realizadas, mas os laudos ainda estão sendo elaborados.
Torres destacou que o caso é complexo, pois envolve a análise de diversos fatores, como a qualidade do feno e o processo de armazenamento, distribuição e produção do alimento. A polícia já ouviu tratadores, proprietários e responsáveis pelos haras para esclarecer as circunstâncias das mortes e evitar novos incidentes.
“O mais provável é que todos os alimentos dos cavalos tenham vindo de uma mesma fonte. Os resultados das perícias e os depoimentos serão decisivos para esclarecer o caso”, disse o delegado.
Além disso, as equipes da polícia também visitaram os fornecedores dos alimentos para verificar as condições de produção e armazenamento. Em nota, o Haras Nilton Lins informou, na terça-feira (7), que tem adotado todas as medidas necessárias, incluindo assistência veterinária individualizada para cada caso. A instituição ressaltou que não foram registrados novos casos de contaminação e que alguns animais já foram retirados da lista de emergência.