A semana do Carnaval está se aproximando e, para garantir a diversão das mulheres neste período, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) alerta para as medidas de segurança e destaca sobre a rede de proteção com a qual elas podem contar.
A delegada Débora Mafra, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM) centro-sul, enfatizou que a primeira recomendação é que a mulher esteja acompanhada de um grupo de amigos nas festas de Carnaval, para que haja uma rede de apoio em um momento de ajuda.
“Não é proibido, a mulher pode ir sozinha, mas pela segurança é sempre bom que ela esteja com alguém ou com algum grupo. Além disso, sempre avisar um familiar para onde está indo e informar a localização por meio de mensagem telefônica. Se for se movimentar, mande a localização também”, enfatizou.
Conforme a delegada, as mulheres também precisam estar atentas e conscientes que não devem não aceitar bebidas de outras pessoas, principalmente recipientes que estejam abertos. Em festas, pode ocorrer de o indivíduo colocar alguma substância para deixar a vítima vulnerável e incapaz de se defender.
“É importante falarmos sobre isso pois os autores se aproveitam da embriaguez das mulheres – causadas por eles – para praticar atos lascivos sem o consentimento delas. Neste caso, estamos falando de estupro de vulnerável. Por isso é primordial que as mulheres tenham os olhos e a mente sempre atentos ao seu redor, ao que está acontecendo, a quem se aproxima, para que sua integridade esteja segura”, enfatizou.
A delegada também salientou uma frase importante, que serve de alerta neste período festivo e no resto do ano: não é não. Se a mulher estiver consciente e recusar as investidas, no mesmo momento a pessoa deve obedecer. Caso contrário, é caracterizado como importunação sexual.
“A importunação sexual em carnavais pode ser um beijo roubado, um esfregão no corpo da mulher, toques indevidos, masturbação perto do corpo da vítima. Todo tipo de ato lascivo que venha incomodar ou constranger a mulher, estamos falando de importunação sexual. Se a mulher diz não, a decisão dela precisa ser respeitada. Se houver violência e grave ameaça, já está caracterizado como estupro”, reforçou.
Denúncias
Se for preciso denunciar agressores sexuais, a titular da DECCM centro-sul ressalta que a mulher pode contar com uma rede de proteção. “As mulheres têm ao seu favor diversos canais de denúncias, como o 190, da Polícia Militar do Amazonas (PMAM); 180, da Central de Atendimento à Mulher; e 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP-AM)”, informou.
Caso se trate de uma festa privada, a orientação dada pela delegada é procurar os seguranças do local, para que o autor seja retirado e conduzido à polícia. Ou, se tratar de uma festa pública, a vítima deve procurar a guarnição da Polícia Militar mais próxima e denunciar.
“A vítima também deve procurar a unidade policial da Polícia Civil mais próxima do local do fato para registrar a ocorrência, ou pode comparecer à sede da DECCM centro-sul, que está localizada na avenida Mário Ypiranga Monteiro, bairro Parque Dez de Novembro, que funciona em regime de plantão 24 horas”, ressaltou.
FOTOS: Luana Cunha eErlon Rodrigues/PC-AM.
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