Projeto está sendo desenvolvido com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Fapeam
Apontar soluções para auxiliar a rede de atenção à pessoa com deficiência tem sido o objetivo de uma pesquisa realizada com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), que está desenvolvendo uma multiplataforma para facilitar o registro de pacientes, acompanhamento de tratamentos e compartilhamento de informações relevantes entre profissionais da saúde e familiares. A iniciativa visa contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência.
Denominado “Implementação de soluções para a rede de atenção à pessoa com deficiência”, o estudo iniciou no mês de abril deste ano e a previsão é ser concluído em 2024. A iniciativa recebe apoio do Programa Startup para o SUS, edital Nº 012/2022, do Governo do Amazonas, via Fapeam, que apoia o desenvolvimento de produtos, processos e serviços inovadores voltados à melhoria da saúde pública, contribuindo para o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação na área da saúde.
Coordenado pelo doutor em Administração, Daniel Armond, professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a aplicação prática do projeto envolve a criação de um aplicativo funcional para dispositivos móveis e web, o aplicativo funcionará como uma plataforma centralizada que conecta profissionais de saúde, pessoas com deficiência e seus familiares, proporcionando uma abordagem mais integrada, colaborativa e eficaz ao tratamento multidisciplinar, bem como a qualidade de vida dos envolvidos.
“Nossa pesquisa e prospecção tecnológica estão direcionadas para identificar abordagens inovadoras e ferramentas tecnológicas que possam otimizar a colaboração entre diferentes profissionais de saúde, bem como a interação entre profissionais, pessoas com deficiência e suas redes de apoio como familiares, amigos, escola, entre outros”, disse.
Além disso, uma atenção especial será dada à segurança dos dados. O aplicativo adotará medidas de segurança avançadas para garantir que as informações dos pacientes sejam mantidas confidenciais e protegidas contra acesso não autorizado, respeitando o previsto na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Daniel reforça que a falta de ferramentas tecnológicas adequadas para facilitar essa colaboração entre diferentes profissionais e envolvidos no tratamento inspirou a criação de um aplicativo que supere essas lacunas, contribuindo para a melhoria dos resultados clínicos e da qualidade de vida das pessoas com deficiência.
“Atualmente estamos executando a etapa de descobrimento onde são realizados os questionamentos e identificação das necessidades dos usuários em paralelo com a etapa de definição, onde se compreende as necessidades e se define o que faz sentido, ou seja, filtra-se diferentes itens levantados naqueles que serão efetivamente inseridos na solução proposta”, explicou.
Os próximos passos consistem na etapa de desenvolvimento na qual se realiza o efetivo desenvolvimento, os testes e o refinamento da solução.
O projeto integra a linha temática 2 do Programa Startup para o SUS que visa o desenvolvimento de estratégias para qualificação, integração, implementação e/ou consolidação das Redes de Atenção à Saúde no contexto da saúde mental, da pessoa com deficiência, da saúde materno-infantil, da urgência e emergência do atendimento.
FOTOS: Érico Xavier/Fapeam