O maior festival de artes integradas da região Norte, o #SouManaus Passo a Paço 2022, realizado pela prefeitura, visa a expansão da classe artística manauara, tanto em nível nacional quanto internacional. Com esse intuito, não podia ser diferente o segundo dia de shows, neste domingo, 4/9, no palco ‘Caboquinho’, que recebeu grandes nomes da cena hype artístico-cultural da capital amazonense.
Iniciando com a psicodelia cabocla da banda Casa de Caba, passando pelo agito das lambadas indies do grupo Agenor, Agostinho e Leo; e fechando com chave de ouro ao som da velha guarda baiana do cantor e compositor Antônio Bahia, a noite no Caboquinho foi de muita agitação.
Durante os intervalos, tudo sendo muito bem mediado com os variados gêneros musicais, sobretudo os nostálgicos hits dos 2000, que o Emílio DJ tocou para animar a galera. Esses foram os grandes nomes da atual cena musical da cidade de Manaus, que mostraram quem são os verdadeiros donos da casa, ao se apresentarem no palco ‘Caboquinho’.
A banda Casa de Caba é composta pelos artistas Magaiver Santos, Jeórgio Claudino, Érika Tahiane, Samir Torres e JC, e o repertório possui um arsenal sonoro muito autoral e singular na cena musical manauara com experimentações que vão do afrorock ao instrumental árabe. Todo esse processo criativo é reflexo dos profissionais que tocam na banda, cada um com a sua identidade própria, suas referências, trajetórias e vivências que compõem toda singularidade musical da banda.
“É sempre gratificante a gente tocar em um evento com essa proporção, com essa estrutura, com essa equipe atenciosa, além de estar junto com a nossa família, que é o nosso público. Olha, eu sou nascido e criado aqui, então não tem como fugir dessa coisa ribeirinha. É como se fosse um ribeirinho morando dentro da cidade. É um ribeirinho que, por conta dos seus afazeres urbanos, pouco sai para a região rural. É cultural, desde o boi-bumbá que a gente escuta desde pequeno. A floresta é muito intensa e a gente está bem no meio dela”, expressou o vocalista da banda Casa de Caba, Magaiver Santos.
O grupo Agenor, Agostinho e Leo é composto por três amigos que vêm de uma trajetória musical antiga na cidade de Manaus. O vocalista do grupo, Agenor Vasconcelos, destaca que a influência da musicalidade indígena é a maior inspiração para a composição dos trabalhos da banda alternativa.
“A gente vem trazendo um pouco disso, de ter uma inspiração muito grande com a música indígena. Então, assim como a música indie, ela é um pouco independente. A gente está nesse setor também, a gente faz os nossos eventos, a gente toca nos festivais que a galera chama, e faz o nosso corre”, frisou o vocalista.
Trazendo uma bagagem de muita essência da velha guarda baiana, o cantor e compositor Antônio Bahia ressaltou que o sentimento de estar se apresentando no #SouManaus é indescritível, sobretudo após esses dois anos de pandemia que o mundo enfrentou.
“Preparamos um lindo show e espero que chegue no coração das pessoas. A edição deste ano eu acho que é um recomeço, assim como tudo que tem acontecido nas nossas vidas nesse período que a gente entende que já é um final de pandemia. Então, a sensação é como se fosse uma estreia. E eu com alegria e a honra de pisar no palco ‘Caboquinho’”, expressou o cantor.
Jorge Harb, 28 anos, chegou no fim da tarde para assistir aos shows dos artistas locais. Ele comentou que curtiu bastante a edição do festival de artes integradas deste ano por conta da nova estrutura que foi proporcionada à população.
A programação do #SouManaus segue até a próxima terça-feira, 6/9, com atrações variadas que exaltam a diversidade cultural.