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Meio Ambiente

Número de queimadas no Amazonas cai 44% em julho, aponta Inpe

O número de queimadas no Amazonas caiu 44,6% no mês de julho, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Em 2020, o mês de julho registrou 2.119 focos de queimadas no Amazonas, o pior resultado para o mês desde 1998, quando se iniciou o monitoramento. No ano passado, o Amazonas registrou recorde histórico de queimadas.

Neste ano, já foram registrados 1.400 focos de incêndio no estado, de janeiro a julho. Só no mês de julho, foram 1.173 ocorrências. Focos de incêndio no Amazonas no mês de julho Levantamento dos últimos 10 anos.

O pesquisador do Programa de Queimadas do Inpe, Alberto Setzer, explica que boa parte do Amazonas, principalmente na região central, teve mais chuvas em julho do que a média para o mês.

“Se você tem muito mais chuva que a média, que o normal, você vai ter a vegetação muito mais úmida, e o uso do fogo fica muito mais difícil. Então, em parte, baixo número de queimadas que nós temos é devido a precipitação que foi maior no mês passado”, diz.

Por conta do clima, as queimadas começam a ganhar mais força no mês de julho. Historicamente, os meses com maior ocorrência de queimadas no Amazonas são agosto, setembro e outubro.

Apesar disso, a ocorrência do incêndio é uma ação humana, usada, muitas vezes, para atividades ilegais.

“O fogo aí nessa região não tem como começar sozinho. Então são todos atos ilícitos ou de novos desmatamentos ou de queima de áreas já desmatadas no passado, ou de renovação de pastagens, as vezes acidentes, entre outras razões”, informou Setzer.

“Julho ainda é o início da temporada de queimadas, então não dá para falar muito sobre o que é que tá acontecendo esse ano, ou o que vai acontecer nesse ano, uma vez que a grande maioria das queimadas está ainda por ocorrer”, reforçou o pesquisador.

Na foto, membro da brigada de incêndio do Ibama tenta controlar as chamas em um ponto de queimada em Apuí, no Amazonas, no dia 11 de agosto. — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
Na foto, membro da brigada de incêndio do Ibama tenta controlar as chamas em um ponto de queimada em Apuí, no Amazonas, no dia 11 de agosto. — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Na foto, membro da brigada de incêndio do Ibama tenta controlar as chamas em um ponto de queimada em Apuí, no Amazonas, no dia 11 de agosto. — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O Sistema Estadual do Meio Ambiente, formado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), informou que atua, desde o início de abril, na repressão ao desmatamento ilegal, por meio da Operação Integrada Tamoiotatá.

As ações também visam reduzir o número de queimadas, que naturalmente acontecem após uma área ser desmatada. Atualmente, a Operação está em sua sétima fase de ações no sul do Amazonas, com foco nas cidades de Lábrea e Apuí, que figuram entre os municípios mais vulneráveis da Amazônia Legal.

“Além da Operação Tamoiotatá, o Estado tem atuado na capacitação de brigadistas florestais em sete municípios do sul do Amazonas. Até o momento, 145 novos brigadistas foram formados para atuar contra queimadas ilegais nas cidades de Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Humaitá e Apuí. Boca do Acre e Canutama também receberão cursos de capacitação até o final de agosto”, informou.

Junto a isso, a Sema obteve a aprovação de R$ 11,5 milhões do Banco Alemão de Desenvolvimento KFW, para contratar 240 brigadistas, para reforçar a atuação estadual contra as queimadas. Parte do recurso também será usada para contratação de um serviço de monitoramento por drone, em tempo real, do desmatamento no sul do Estado. A previsão para aplicação do recurso não foi informada.

*Com informações de G1 Amazonas /https://g1.globo.com/am/amazonas

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