O menino de 6 anos que foi espancado pelo pai por não saber fazer o dever de casa teve morte cerebral. A informação foi confirmada pela Prefeitura de Caratinga, cidade mineira onde o caso aconteceu.
Elias Emanuel Martins Leite foi internado na UPA de Caratinga, no domingo, 27, mas – por conta da gravidade das lesões – precisou ser transferido para um hospital em Belo Horizonte.
De acordo com a polícia, a criança sofreu a agressão dentro de casa, enquanto estava sozinha com o pai. O rapaz, de 26 anos, teria perdido a paciência ao tentar ajudar o menino com a lição de casa e deu tapas, pontapés e socos na cabeça do filho.
O agressor ainda deu uma rasteira no menino, que o fez cair e bater a cabeça em um móvel.
Ainda segundo apuração dos policiais, o menino chegou a convulsionar e ficou inconsciente. O pai tentou desenrolar a língua do filho e deu um banho nele antes de levá-lo para uma Unidade de Pronto Atendimento da cidade.
Diante da gravidade da situação, os funcionários da UPA de Caratinga acionaram a polícia.
O agressor foi preso momentos após o crime e apresentava sinais de ter ingerido bebida alcoólica. O homem já tem passagem pela polícia por homicídio.
Violência contra crianças – como denunciar?
Diariamente, crianças e adolescentes são expostos a abuso sexual e agressões físicas e psicológicas. No Brasil, até abril de 2019, o Disque 100 recebeu mais de 4 mil denúncias de abuso infantil em todo o Brasil. Há algumas formas de denunciar esses casos contra menores de idade:
Disque 100: mantido pelo Governo Federal, recebe, encaminha e monitora denúncias de violação de direitos humanos. A ligação pode ser feita de telefone fixo ou celular e é gratuita. Funciona 24 horas, mesmos aos finais de semana e feriados. A denúncia pode ser anônima.
Aplicativo “Proteja Brasil”: disponível para smartphones e tablets, o aplicativo gratuito, mantido pelo Governo Federal, recebe denúncias identificadas ou anônimas. Também disponibiliza os contatos dos órgãos de proteção nas principais capitais.
Conselho Tutelar: é o principal órgão de proteção a crianças e adolescentes. Há conselhos tutelares em todas as regiões. A denúncia pode ser feita por telefone ou pessoalmente, e as unidades estão funcionando em horários diferenciados.
Delegacias de Polícia: seguem abertas 24 horas. Tanto as delegacias comuns quanto as especializadas recebem denúncias de violência contra crianças e adolescentes.
Polícia Militar: em caso de emergência, disque 190. A ligação é gratuita e o atendimento funciona 24 horas.
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