Portal Uno Midias
Amazonas Interior

Ministério Público do Amazonas move ação contra município de Humaitá para reabertura do aeroporto local


Município assumiu a gestão do local e deixou de cumprir obrigações. Vegetação alta na pista, cercas de arame farpado inadequadas e a ausência de treinamento para guardas aeroportuários são algumas irregularidades apontadas pela Anac

Visando a abertura integral e a manutenção adequada do aeroporto local, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Humaitá, ajuizou uma ação civil pública contra o município. A iniciativa busca sanar problemas estruturais que comprometem a segurança e inviabilizam operações comerciais regulares no terminal aéreo.

De acordo com a apuração, o aeroporto foi interditado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) devido ao não cumprimento de exigências mínimas de segurança operacional. A investigação também revelou que, embora o município tenha assumido a gestão do terminal por meio de um convênio com a União, deixou de cumprir suas obrigações contratuais. Entre as irregularidades constatadas estão a presença de vegetação alta nas laterais e cabeceiras da pista, cercas de arame farpado inadequadas, que deveriam ser substituídas por telas, e a ausência de treinamento obrigatório para guardas aeroportuários, conforme determina a Resolução n° 158 da Anac.

O promotor de Justiça de Humaitá, Sylvio Henrique Lorena Duque Estrada, destacou os impactos negativos da situação: “Para ir a Manaus, os moradores de Humaitá precisam enfrentar a BR-319, em péssimas condições, ou optar por voos a partir de Porto Velho (RO), onde os preços são extorsivos devido ao boicote de companhias aéreas ao Estado de Rondônia”.

Segundo o promotor, o município de Humaitá firmou compromisso com a União para operar e manter o aeroporto, mas negligencia suas obrigações desde 2021. “A ação do Ministério Público busca obrigar o município a realizar os reparos necessários para que a população volte a ter acesso à capital do estado com mais conforto e preços justos”, declarou.

Além de limitar o direito de ir e vir, o fechamento parcial do aeroporto impacta o abastecimento local, dificultando o transporte de insumos essenciais, como combustíveis e materiais escolares.

Pedidos

Na ação, o MPAM solicita que o município seja intimado a apresentar defesa e informar se pretende firmar um acordo por meio de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Em caráter liminar, exige a realização dos reparos necessários no aeroporto, com previsão de multa de R$ 100 mil em caso de descumprimento.

O caso segue em tramitação, aguardando as medidas por parte do município e a resposta das autoridades competentes.


Texto: Poliany Rodrigues
Foto: Arquivo/Anac

CONTEÚDOS PATROCINADOS

RELACIONADOS

Prefeito vistoria obras em fase final de unidades de saúde na zona Norte

Redação

Sepror capacita caseiros rurais no município de Careiro Castanho

Redação Am

Tricicleiros de Parintins são declarados Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Amazonas

Redação Am