O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decretou nesta quarta-feira (29) a prisão preventiva de Luciane Barbosa Farias, conhecida como “Dama do Tráfico”.
Ela é esposa de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, líder de uma facção criminosa de Manaus. Luciane ficou famosa após realizar visitas ao Ministério da Justiça e viajar a Brasília com despesas custeadas pelo Ministério dos Direitos Humanos, em 2023.
O casal foi condenado a dez anos de prisão por lavagem de dinheiro, organização criminosa e associação ao tráfico. Como a sentença transitou em julgado, não há possibilidade de recurso, e a pena deve ser executada imediatamente após a prisão.
O nome de Luciane já está registrado no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), e ela é considerada foragida da Justiça. Já “Tio Patinhas” está preso desde 2022.
A equipe de reportagem entrou em contato com a defesa de Luciane. Até o fechamento desta matéria, não houve resposta.
A “Dama do Tráfico” e o Ministério da Justiça
Luciane fazia parte de uma delegação de mulheres recebida pelo então secretário Nacional de Assuntos Legislativos, Elias Vaz. O encontro ocorreu a pedido da advogada Janira Rocha, ex-deputada estadual pelo PSOL do Rio de Janeiro.
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Em nota, o Ministério da Justiça esclareceu que a reunião foi uma solicitação da Associação Nacional da Advocacia Criminal, com a presença de várias advogadas. O órgão também ressaltou que Luciane apenas acompanhou o grupo.
Vida de luxo financiada pelo crime
Luciane era estudante de Direito e dizia ser defensora dos direitos dos presos do sistema carcerário. Para o Ministério Público do Estado (MP-AM), ela era ligada ao tráfico de drogas e à facção criminosa comandada pelo companheiro.
Em 2023, a “Dama do Tráfico” teria comprado um carro, um apartamento de luxo em Pernambuco e inaugurado um salão de beleza com dinheiro legal, segundo acusação do MP-AM.
“Tio Patinhas” atrás das grades
Clemilson, está preso desde 2022 e já foi condenado a 31 anos e 7 meses de prisão por envolvimento direto com o tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Ele também foi apontado como mandante de vários assassinatos em Manaus. As execuções estão relacionadas pelo controle do tráfico na capital amazonense.
