Segundo o mais recente balanço da Defesa Civil do Estado, 24 municípios estão afetados pela seca dos rios
O Governo do Amazonas e a Marinha do Brasil discutiram, na tarde desta quinta-feira (31/08), a situação da estiagem no estado e eventuais iniciativas conjuntas para amenizar as consequências desse fenômeno ao longo dos próximos meses. De acordo com o mais recente balanço divulgado pela Defesa Civil do Estado, já são 24 municípios afetados pela seca dos rios.
O tema foi debatido durante uma visita institucional do vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza, à sede do 9º Distrito Naval, localizado no Centro de Manaus. No encontro, o comandante da instituição, vice-almirante Thadeu Lobo, apresentou sistemas, tecnologias e projetos em andamento que podem ser inseridos nas estratégias de ação do Estado.
O vice-governador disse que levará os dados coletados ao governador Wilson Lima. “A Marinha tem esse papel fundamental de diagnóstico e mapeamento das águas, da navegabilidade. Hoje, eles estão fazendo um trabalho de aprofundamento de sinalização náutica e balizamento, por exemplo. Tudo isso pode ajudar bastante o Estado nas ações desses 90 dias de estiagem”, afirmou.
Conforme levantamento divulgado na quarta-feira (30/08) pela Defesa Civil Estadual, 24 cidades amazonenses estão sendo prejudicadas pela redução do volume das águas. Além de Benjamin Constant e Envira (a 1.121 e 1.208 quilômetros da capital, respectivamente), que decretaram situação de emergência, outros 14 municípios estão em situação de alerta e oito, em situação de atenção.
“Hoje, temos dois municípios em situação de emergência, mas esse número tende a aumentar nas próximas semanas. Por isso, é primordial que possamos tomar todas as providências necessárias e buscar parcerias para garantir a segurança e o bem-estar das pessoas que sofrem com a seca”, frisou Tadeu de Souza.
Devido à influência do fenômeno climático El Niño, que inibe a formação de nuvens de chuva, espera-se que a estiagem deste ano seja prolongada e mais intensa em relação aos anos anteriores. Durante a seca, o dia a dia de comunidades ribeirinhas é afetado em diferentes aspectos e surgem pontos críticos nos rios, com obstáculos para a navegação como pedras, troncos e bancos de areia.
Fotos: Ricardo Machado / Secretaria-Geral da Vice-Governadoria