O governador Wilson Lima lançou, nesta terça-feira (05/10), o Opera+, projeto do programa Saúde Amazonas que vai ampliar a oferta de cirurgias eletivas no estado. O lançamento aconteceu no auditório do Hospital e Pronto Socorro (HPS) Delphina Aziz, zona norte de Manaus.
Com Opera+, Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) passa a ofertar, no Delphina Aziz, 1.295 cirurgias a mais por mês para pacientes da rede estadual de saúde. A meta do projeto é alcançar, nos meses seguintes, 3.169 cirurgias/mês em Manaus, utilizando também outras unidades da rede estadual. O projeto prevê, ainda, a oferta de cirurgias na rede de saúde do interior do estado.
“Não é mutirão. O que nós estamos fazendo é colocando definitivamente o Delphina Aziz para funcionar. O que nós vamos fazer aqui é uma ação que ficará permanentemente servindo à população; enquanto tiver demanda a gente vai continuar atendendo”, disse o governador.
Participaram do evento de lançamento do Opera+ o secretário de Estado da Saúde, Anoar Samad, demais secretários executivo e adjuntos da pasta e o deputado estadual Carlinhos Bessa.
No hospital Delphina Aziz serão realizadas cirurgias gerais (hérnia, vesícula e outros procedimentos do aparelho digestivo), ginecológicas, urológicas, proctológicas, oftalmológicas, vasculares e dermatológicas.
Antes mesmo de iniciar o Opera+, desde o mês de setembro, o HPS Delphina Aziz já vêm sendo retaguarda dos três grandes prontos-socorros de Manaus (João Lucio, 28 de Agosto e Platão Araújo), realizando cirurgias gerais de emergência, com o objetivo de desafogar e reduzir a lotação dessas unidades.
A pandemia de Covid-19 levou o sistema de saúde no Brasil inteiro a suspender procedimentos ambulatoriais, como as consultas e exames, e também as cirurgias eletivas – não urgentes –, seguindo protocolos e recomendações do Ministério da Saúde (MS). Em outubro de 2020, com o recrudescimento da pandemia, o hospital Delphina Aziz, referência para a Covid-19 do Estado, já havia sido aberto para a rede de saúde quando a SES-AM teve que recuar no plano e novamente suspender os atendimentos não Covid-19.
Com a ampliação da oferta de cirurgias, o governo quer garantir que aqueles pacientes que tiveram seus procedimentos suspensos e adiados pela pandemia de Covid-19 possam realizá-los o mais breve possível, incluindo aqueles que estavam agendados para o Delphina Aziz em outubro de 2020, mas tiveram suas cirurgias suspensas, quando houve a recrudescimento da Covid-19.
Interior – No interior do Amazonas, o plano do Opera+ é realizar cirurgias itinerantes nas macrorregiões conhecidas como municípios polos. A meta é realizar cirurgias gerais, oftalmológicas e ginecológicas em parceria com as prefeituras.
Doação de sangue – Como as cirurgias demandam reforço nos estoques de sangue, o governador fez um apelo para a população comparecer à Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), de segunda a sábado, de 7h às 17h.
“A gente faz um apelo para que a população faça essa doação. No momento em que você faz isso você pode salvar até quatro vidas e a gente vai precisar muito nesse momento em que vamos ter uma atividade muito intensa de procedimentos cirúrgicos e, naturalmente, dos riscos que implicam uma cirurgia. Então aqui eu reforço o apelo para que as pessoas possam fazer esse gesto de amor. Procurem lá o nosso Hemoam e façam sua doação. É muito importante nesse momento”, disse Wilson Lima.
Consulta + e Examina + – No último dia 27 de setembro, também no hospital Delphina Aziz, foram lançados os projetos Consulta + e Examina +, por meio dos quais a SES-AM começou a ofertar na unidade, por mês, 84,4 mil exames e terapias especializadas e 10,6 consultas para pacientes da rede pública de saúde.
Estrutura completa – Em 2019, quando o governador Wilson Lima assumiu o governo, o HPS Delphina Aziz estava subutilizado, tendo somente 30% da capacidade ativada. Em janeiro daquele ano, apenas dois dos seis andares funcionavam com um pronto-socorro, serviço de apoio diagnóstico e 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Entre 2020 e 2021, o Delphina Aziz tornou-se o hospital de referência para a Covid-19 no Estado. Nesse período, o Governo do Amazonas colocou para funcionar, pela primeira vez desde que foi inaugurado em 2014, todos os seis andares da unidade para atender a alta demanda por internação ocasionada pela pandemia de Covid-19.
No ápice da pandemia, o hospital chegou a ocupar o terceiro lugar no Brasil em oferta de leitos de UTI exclusivos para casos de Covid-19, ficando à frente de unidades como Hospital das Clínicas de São Paulo, Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, no Rio de Janeiro, e Hospital Júlia Kubitschek, em Minas Gerais.
No total, o hospital chegou a ter 414 leitos em operação para Covid-19, entre clínicos e Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no último pico da pandemia. Atualmente, os seis andares da unidade estão ativos com 372 leitos, sendo 132 de UTI e 240 clínicos. Agora, toda essa estrutura será colocada para atender a população do Amazonas com procedimentos de saúde diversos.
O Hospital Delphina Aziz tem 32 mil metros quadrados de área construída, com 11 salas cirúrgicas, 30 consultórios ambulatoriais, Centro de Controle Operacional (CCO), Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI); Centro de Reabilitação e Fisioterapia; Parque Tecnológico com mais de 1,6 mil equipamentos de Alta, Média e Baixa Complexidade, entre eles os de tomografia, ressonância magnética, radiologia, ecocardiograma, equipamentos de ultrassonografia, mamografia, entre outros.
Fotos: Diego Peres/Secom