Espetáculos da mostra nacional on-line da 15ª edição do Festival de Teatro da Amazônia e debates com profissionais de cultura do cenário nacional estão disponíveis no canal da Federação de Teatro do Amazonas (Fetam) no Youtube. A programação conta com dez peças teatrais e nomes como Ana Carla Fonseca, referência da Economia Criativa; Romulo Avelar, da área de Gestão e Produção Criativa; Galiana Brasil, do Itaú Cultural; e Renato Dolabella, do Direito Cultural Brasileiro.
Com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, o Festival de Teatro da Amazônia faz parte do programa +Cultura, um pacote de ações voltadas à cultura e à economia criativa.
Para o secretário Marcos Apolo Muniz, a parceria com a Fetam foi fundamental para a retomada do festival, com a presença do público.
“A nova proposta foi abraçada de imediato pelo Governo do Amazonas, que entende a necessidade dessa retomada da economia da cultura e a importância do público na plateia”, afirma o titular da pasta.
Segundo o presidente da Fetam, Francis Madson, o formato híbrido adotado neste ano ampliou a capacidade de atuação do festival que representa a região Norte e tem muita expressão nacional.
“Mantivemos braços importantes, como as apresentações no Teatro Amazonas e Instalação, mas também abrimos para teatros alternativos e itinerantes, assim como os espetáculos da mostra on-line. Tudo isso reflete a força e a grandeza do festival, em números na plateia, presencial e virtual, em artistas envolvidos na produção e execução, produtores, técnicos e toda cadeia produtiva do teatro”, comenta Madson.
“O formato é inovador e contribui de forma significativa para região Norte e impacta em todo Brasil, com a realização do fórum, a ocupação de teatros importantes e a circulação em Iranduba e em duas zonas da cidade”, completa.
Entre as obras disponíveis no canal da Fetam estão “Para Meninos e Gaivotas, um Voo Rasante”, da Cia. Sylvia Que Te Ama Tanto, de São Paulo; “Caio do Céu”, da Companhia de Solos & Bem Acompanhados, do Rio Grande do Sul; “Rosas Negras”, solo de Fabíola Nansurê, da Bahia; “À Luz do Luar – Um Fragmento”, da Cia Pão Doce de Teatro, do Rio Grande do Norte, “Imemorial”, solo de Larissa Latif, do Pará; “Lua de Mel”, de Lamira Artes Cênicas, do Tocantins; “Cadê todo Mundo?”, da Criart Teatral, de Roraima; “Palhaço Microbinho em Família”, de Rogério Barcellos, do Acre; “A Borracheira”, da Associação Cultural O Imaginário, de Rondônia; e “Desterrados – Um Eco de Reexistência”, da Casa Circo, do Amapá.
Mostra itinerante – Um dos destaques da edição, o Jandira Theater Move levou o espetáculo “Mocinha”, do Coletivo Experimental de Teatralidades (Ceta), para a Praça dos Três Poderes, em Iranduba; para o estacionamento do Shopping Phelippe Daou, no bairro Cidade de Deus; e para o Centro de Convivência da Família Padre Pedro Vignola, na Cidade Nova; para falar sobre retaliações e violências sofridas pelas mulheres em uma sociedade machista e misógina.
“A apresentação na mostra foi a realização de um sonho, porque desde o início do nosso projeto que temos a vontade de descentralizar o espetáculo e seguir para o interior do Amazonas, nas áreas periféricas e falar com esse público, principalmente com mulheres que não têm informação de como podem denunciar casos de violência”, afirma a atriz Iris Brasil.
FOTOS: Divulgação (“A Borracheira”), Magali Moraes (“Rosas Negras”) e Lary Gaynett (“Mocinha”, “Jandira Theater Move”)