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FCecon alerta para sinais do câncer de tireoide e importância do diagnóstico precoce

Três vezes mais comum em mulheres que em homens, o câncer de tireoide está ligado, em parte dos casos, a fatores genéticos e contato com a radiação. A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), chama atenção para a importância do diagnóstico precoce no Dia Internacional da Tireoide, celebrado em 25 de maio.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Amazonas deve registrar 50 casos de câncer de tireoide em 2021, em mulheres, apesar da doença também afetar homens. Para todo o Brasil, são esperados quase 12 mil casos só em mulheres e outros 2.310 em homens.

Fatores de risco – Um dos fatores de risco para o câncer de tireoide são as causas genéticas, explica o cirurgião de cabeça e pescoço e gerente do serviço de Cabeça e Pescoço da FCecon, Felipe Jezini III.

“O principal fator de risco para a doença é uma história familiar. Então, se o paciente tem mãe, pai, irmãos, parentes de primeiro grau com diagnóstico de câncer de tireoide, ele tem um risco aumentado de ser futuramente portador da doença”, afirma Jezini.

Outro fator de risco para a doença é ter tido contato com a radiação, como profissionais de saúde que lidam com procedimentos radiológicos, e pacientes que fizeram radioterapia para tratar outros tipos de câncer na região da cabeça e pescoço.

Sintomas e diagnóstico precoce – O principal sintoma do câncer de tireoide é um nódulo. Dependendo do estágio da doença, o paciente pode ter uma massa no pescoço, que aperta a traqueia e pode causar rouquidão, dificuldade para engolir e sensação de falta de ar.

Como a doença não tem uma causa específica, o importante é diagnosticar o câncer precocemente, ressalta o diretor-técnico da FCecon, cirurgião de cabeça e pescoço Marco Antônio Rocha.

“O que influencia no câncer de tireoide é o diagnóstico precoce, que é fácil de fazer, com apalpação do pescoço, com a observação do próprio paciente e através de ultrassom, que é um exame não invasivo”, afirma Rocha, orientando que profissionais de saúde que trabalham na área de Radiologia façam o autoexame na tireoide e ultrassom regularmente.

As pesquisas ainda não revelaram por que o câncer de tireoide é três vezes mais comum em mulheres que em homens. Normalmente, o público feminino descobre um nódulo na tireoide em consultas de rotina com o ginecologista, que solicita o exame de ultrassonografia. Segundo Felipe Jezini III, o exame é indicado a mulheres a partir dos 40 anos de idade. Ele ressalta, no entanto, que a doença pode acometer pessoas de qualquer idade.

Tratamento – A FCecon oferece tratamento para o câncer de tireoide, sendo a cirurgia o principal procedimento. “O tratamento do câncer de tireoide é através da cirurgia, com a remoção da glândula tireoide. Esse tratamento é feito na Fundação Cecon, de rotina. É uma cirurgia que dura em torno de uma hora, uma hora e meia, dependendo da extensão”, afirma o gerente do serviço de Cabeça e Pescoço da FCecon.

Se a doença tiver uma extensão mais avançada, o paciente fará, ainda, a iodoterapia. Através de uma dose de iodo radioativo, uma espécie de radioterapia por via oral, para eliminar resquícios de células cancerígenas.

Cura – As chances de cura do câncer de tireoide chegam a 98% ou 100% para pacientes diagnosticados precocemente. Até mesmo casos avançados também têm boas chances de cura, em torno de 95%.

FOTOS: Laís Pompeu/FCecon

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