A economia circular tem por objetivo gerir de forma mais consciente os recursos naturais existentes, prolongando a vida de produtos e materiais dentro da cadeia de consumo. Uma maneira de colocar em prática as diretrizes desse conceito sustentável se dá por meio de venda e revenda de produtos usados, em que um mesmo produto ganha uma nova utilidade após ser vendido.
Apesar da economia circular ter como principal objetivo a sustentabilidade, segundo uma pesquisa realizada pelo Capterra, tal fator fica em segundo lugar na motivação dos consumidores entre as razões pelas quais os respondentes adquirem produtos de segunda mão, com 20% dos participantes citando essa resposta.
O levantamento sugere que os consumidores buscam preços acessíveis, já que 39% dos respondentes consideram a economia de dinheiro a principal razão para compra de produtos seminovos.
O estudo foi feito com mais de 1000 pessoas de diversas regiões do país, mostrando que 15% dos entrevistados afirmaram sempre comprar produtos usados, e 6% disseram que nunca compraram, mas têm a intenção.
Para Marcela Gava, analista de conteúdo do Capterra, a pesquisa indica que a compra de itens de segunda mão pode ser impulsionada por diversos fatores, como economia, sustentabilidade ou pela busca de produtos específicos que deixaram de ser fabricados.
Em meio aos principais motivadores para adquirir um produto que anteriormente já foi usado, está a condição econômica. Dados do estudo revelam que, entre os respondentes, as pessoas que se declararam desempregadas (20%) são as que mais buscam produtos de segunda mão.
Além disso, o motivador econômico fica ainda mais claro no recorte regional da pesquisa do Capterra. Os respondentes do Nordeste, com menor renda per capita, estão entre os que mais compram produtos de segunda mão para economizar dinheiro (42%), enquanto os da região Sudeste, a mais rica, se mostraram ser os menos influenciados por esse motivo (35%).
“Com esse dado, é importante que empresas interessadas em investir nesse tipo de negócio devem se atentar em oferecer produtos únicos e vantagens, mas, claro, sem abrir mão do preço justo”, finaliza.