Portal Uno Midias
Notícias Corporativas

Experiência do cliente pode aumentar as vendas do varejo

O comércio eletrônico tem feito parte da vida do consumidor nos últimos tempos. Segundo levantamento da Ebit Nielsen, em 2021 o número de compradores digitais globais foi de 2,14 bilhões. Em julho de 2022, a população mundial era de mais de 7,9 bilhões de pessoas. Isso significa que pelo menos 27% da população mundial compra online para atender às suas necessidades. No Brasil, também de acordo com a Nielsen, o setor faturou mais de R$ 182 bilhões.

Em comparação, a performance nacional do mercado de varejo tem se recuperado lentamente dos anos mais problemáticos da pandemia. Conforme o levantamento mais recente realizado pela HiPartners, em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), apesar da presença do consumidor estar abaixo daquela de 2019 (pré-pandemia), o fluxo de visitação às lojas físicas aumentou 11% em dezembro de 2022, na comparação com ano anterior. Por outro lado, o faturamento das lojas de rua teve uma alta de 25%, o que aumentou o ticket médio dos compradores.

Com a facilidade e oferta das compras online, cabe aos estabelecimentos físicos inovarem para bater suas metas e continuar fidelizando clientes, e uma das estratégias utilizadas por elas têm sido as vendas consultivas. Esse tipo de venda consiste no atendimento personalizado de vendedores que, além de comerciantes, se tornam orientadores e consultores dos clientes.

Para o economista e gerente de vendas Marco Castro, é preciso que os comerciantes façam uma análise do mercado atual, onde será possível perceber que profissionais que orientam seus clientes, ao invés de simplesmente fazê-lo comprar, podem ter um aumento significativo nos resultados.  “O profissional de vendas precisa orientar o cliente e negociar com inteligência, explicar com clareza a utilização do produto que está vendendo e mostrar os benefícios que poderá oferecer”, explica.

Experiência do cliente

A experiência do cliente, também conhecida como Customer Experience, tem sido amplamente discutida por diferentes empresas dos mais variados segmentos. Um diferencial das lojas físicas é, justamente, o contato humano. Porém, não é incomum encontrar vendedores despreparados quanto ao produto que comercializam ou que são inexperientes no atendimento. De acordo com um levantamento elaborado pela Zendesk, para 84% dos entrevistados o atendimento ao cliente representa um dos principais aspectos na decisão de compra.

Em uma loja, o vendedor bem treinado permite que o cliente tire dúvidas, toque no produto e saia de lá entendendo tudo sobre o item que comprou, criando uma relação comercial diferenciada, propensa à fidelização. “Esse tipo de experiência faz com que o cliente não só seja mais propenso a fechar a compra, mas também crie empatia com a loja, com o vendedor e saia do local com uma excelente impressão, inclusive propagando para outras pessoas”, afirma o economista.

Isso não significa que o vendedor não deve se preocupar em bater metas. Porém, quando o foco maior é atender ao cliente, superar suas expectativas e se responsabilizar por aquela negociação de forma clara e objetiva, do começo ao fim, os resultados tendem a ser superiores. Mesmo assim, poucas empresas se preocupam com isso, haja vista a última pesquisa realizada pela Invesp, que mostrou que 44% das empresas focam na aquisição de clientes, e apenas 18% investem em retenção.

“O comércio online tem aumentado suas vendas de forma avassaladora. Mas também é fato que as lojas físicas sabem onde estão errando e, com simples mudanças, esses números podem ser transformados para melhor”, recomenda Marco Castro.

CONTEÚDOS PATROCINADOS

RELACIONADOS

Número de denúncias éticas aumentam e demonstram conscientização da sociedade

DINO

Setor de beleza masculina pode chegar a US$ 78,6 bi em 2024

DINO

Investimento em Big Data cresce no meio corporativo

DINO