O Governo do Amazonas, por meio da Fundação Estadual do Índio (FEI), participou da 3ª edição do Encontro Político Etnoeducacional Indígena de Coari (distante 363 quilômetros de Manaus). Realizada, de quarta-feira até hoje (03 a 05/11), pela Gerência de Educação Escolar Indígena e Secretaria de Educação do Município de Coari, a atividade visa melhorias aos educandos indígenas.
De acordo com o diretor-presidente da FEI, Edivaldo Munduruku, a ação é primordial para debater as necessidades da educação indígena. “O encontro é essencial para que todos os órgãos possam conversar e verificar as melhorias que podem ser feitas para a educação de nossos parentes. Cremos que a melhor solução para se chegar em pontos positivos é a união de forças para que alcancemos bons resultados”, disse.
Ao todo, 15 escolas entre os povos Arara, Apuriña, Juma, Kambeba, Katawixi, Kokama, Miranha, Mura, Tikuna e Tukano, participaram do evento, que teve como objetivo discutir e examinar as concepções políticas Etnoeducacionais indígenas de Coari. Traçando metas e estratégias para os anos de 2022 a 2024, além de abordar as diretrizes educacionais para escolas municipais no marco de pactuação do território etnoeducacional do médio Solimões, no município de Coari por meio da educação básica.
Para o servidor da FEI e professor indígena, Herton Mura, a troca de experiências e o debate acerca dos temas abordados é um avanço para a causa.
“Como sou professor indígena e tenho experiência, pude vim representando a FEI para debater estes temas com os demais órgãos, onde pude contribuir nessa parte pedagógica com os representantes presentes na ação e, dessa forma, podemos avançar”, comentou.
Na palestra, foram abordados parâmetros curriculares, garantias da legislação educacional indígena, projetos políticos pedagógicos das escolas. Além disso, foram feitos levantamentos sociopolíticos nas comunidades indígenas, sobre o potencial de manejo de pesca, projetos de sustentabilidade, turismo, agricultura familiar, manejo florestal e orientações sobre as regularizações das associações indígenas que constam inadimplentes, guiando as novas organizações, por meio da orientação jurídica.