Com a chegada do verão amazônico, período entre julho a novembro, quando ocorre a escassez de chuva e a incidência do sol é mais forte, a população do Amazonas sofre com o forte calor e radiações solares constantes no dia a dia.
É o período em que se reforça a prevenção do câncer de pele, que responde por 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos.
Segundo a dermatologista Aline Grana, médica da Policlínica Codajás, unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), o câncer de pele é uma doença que se manifesta a longo prazo e está relacionado ao tempo de exposição ao sol sem proteção.
“A curto prazo, a alta exposição pode causar queimaduras solares e, a longo prazo, o câncer de pele, o envelhecimento cutâneo, piora das rugas, a perda do colágeno. Então, são vários fatores envolvidos e não somente o câncer de pele”, explica a especialista.
A moda do biquíni de fita também é um perigo para as mulheres, segundo a dermatologista. Além de produzir manchas, o envelhecimento cutâneo e precoce interfere na aparência da pele. “Algumas pessoas têm uma idade, porém a aparência diz outra, tudo devido à exposição solar em excesso”, alerta.
Aline Grana explica que ficar o dia todo exposto ao sol na laje, por exemplo, ou mesmo na praia causa sérios danos ao DNA. “São danos cumulativos. Na medida em que vamos envelhecendo, vai acontecendo a perda de qualidade da multiplicação celular e esses danos começam a vir à tona”, ressalta Aline.
O câncer de pele pode acontecer em qualquer idade, com o melanoma, que pode aparecer em várias partes do corpo e não exatamente onde está exposto ao sol. A dermatologista recomenda a não exposição direta ao sol entre 9h e 15h, pois existem também outras doenças que podem ser desencadeadas, como lúpus. Em caso de exposição ao sol, ela recomenda também um filtro solar com fator de proteção acima de 30, guarda-sol com proteção solar e chapéus que cubram a orelha.
Em casos de pessoas que precisam trabalhar diariamente no sol, como mototaxistas, repórteres, vendedores externos e entre outras profissões, o cuidado deve ser sempre redobrado.
O ideal é que, além dos cuidados, as pessoas possam visitar um dermatologista uma vez ao ano para ver se este sinal está crescendo, modificando-se, ou se sangra. “Uma ideia muito errada é achar que o câncer de pele dói. Ele não dói, então as pessoas devem ficar atentas porque não dá sinais. Lesão que cresce e muda de cor, surgiu rapidamente que antes não tinha visto”, detalha.
Especializada 4 – Na Policlínica Codajás, o setor Especializada 4 atua com atendimentos dermatológicos e uma equipe multidisciplinar para toda a população. Segundo o diretor-geral da policlínica, Ráiner Figueiredo, pacientes que precisarem das consultas devem fazer agendamento via Sisreg.
“Só precisamos que o paciente possa ir ao clínico geral numa Unidade Básica de Saúde (UBS) e solicitar o encaminhamento, com o cartão do Sistema Único de Saúde e identidade que possa inserir no sistema, e pronto, é só aguardar o chamamento”, declara.
A Policlínica Codajás está situada na avenida Codajás, 26, bairro Cachoeirinha, com atendimentos de segunda à sexta-feira, das 7h às 17h.
FOTOS: Geizyara Brandão e Divulgação