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Economia criativa cresceu acima do PIB, diz estudo

Um estudo inédito conduzido pelo Observatório Itaú Cultural e lançado em abril deste ano, mensura a riqueza gerada pela economia da cultura e das indústrias criativas (ECIC) do Brasil. Segundo o levantamento, de 2012 a 2020, o PIB do segmento teve um crescimento de 78%, enquanto a economia total do país avançou 55%.

Elaborado por um grupo de pesquisadores brasileiros e estrangeiros, e coordenado por Leandro Valiati, professor pesquisador da University of Manchester, no Reino Unido, e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o relatório mostra que o setor conta com cerca de 7% do total da força de trabalho do Brasil – quase 7,5 milhões de empregos formais e informais. A remuneração média desses trabalhadores é 49% superior a média brasileira (R$ 2.808). 

O estudo considerou como indústrias criativas os segmentos de moda, atividades artesanais, indústria editorial, cinema, rádio e TV, música, desenvolvimento de software e jogos digitais, serviços de tecnologia da informação dedicados ao campo criativo, arquitetura, publicidade e serviços empresariais, design, artes cênicas, artes visuais, museus e patrimônio. 

“A economia criativa é um campo do mercado que é impulsionado pela busca de soluções inovadoras através da cultura e da arte”, diz Juliano Rocha, produtor executivo e talent manager da Live on Tour, responsável por projetos gratuitos de entretenimento no Shopping Vila Olímpia, em São Paulo. Segundo o profissional, empresas de diversos segmentos buscam se associar com agentes da economia criativa visando potencializar oportunidades de negócios enquanto colaboram com a inclusão social. “Mais do que consumir, as pessoas querem viver experiências”, afirma.

De acordo com a Unesco, as economias culturais e criativas tornaram-se essenciais para o crescimento econômico inclusivo, fornecendo trabalho para mais pessoas com idades entre 15 e 29 anos do que qualquer outro setor. Não por acaso está entre os setores que mais crescem no mundo, respondendo por 6,1% da economia global, equivalente a um faturamento anual de US$ 2,25 bilhões e 30 milhões de empregos no mundo.

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