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E-commerce de farmácias representa 4,7% das vendas totais

Nos últimos anos, houve um aumento significativo nas compras online de produtos farmacêuticos e de saúde. Isso se deve em grande parte à conveniência oferecida pelo comércio eletrônico, permitindo que os consumidores comprem produtos de saúde e bem-estar sem sair de casa. Além disso, a pandemia de Covid-19 acelerou ainda mais o crescimento do e-commerce em farmácias, com muitos consumidores optando por fazer compras online para evitar aglomerações em lojas físicas e reduzir o risco de exposição ao novo coronavírus.

Segundo reportagem do jornal Extra, o comércio eletrônico de farmácias tem se consolidado como um canal de compras frequente entre os consumidores brasileiros, registrando um aumento médio de até 60% em algumas varejistas no ano passado. De acordo com a Abrafarma (Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias), que inclui as 26 principais redes de farmácias, as vendas online geraram uma receita de R$ 3,46 bilhões entre janeiro e novembro de 2022, registrando um crescimento de 37% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Antes da pandemia, em 2019, o e-commerce representava somente 1,4% da receita do varejo em geral, mas atualmente já corresponde a 4,7% das vendas totais.

Em relação ao cenário geral, levando em consideração farmácias que não são associadas à Abrafarma, dados da IQVIA obtidos com exclusividade pelo Panorama Farmacêutico demonstram que as vendas digitais crescerem de 2021 para 2022, sendo 6,3% e 8,3%, respectivamente. 

Conforme informações fornecidas pelas próprias redes, os medicamentos representam cerca de 70% do volume de vendas do comércio eletrônico de farmácias atualmente, com destaque para os remédios de venda livre utilizados em tratamentos contra gripe, resfriado, dor e febre. No entanto, também há uma evolução nas vendas de produtos não medicamentosos. O Grupo DPSP (Drogarias Pacheco e São Paulo) registrou um aumento de 128% na comercialização de produtos nutricionais em comparação com o ano anterior, enquanto as vendas de dermocosméticos aumentaram 56% e os artigos de beleza cresceram 43%.

O COO (Chief Operation Officer – Diretor Operacional) da MyPharma, Carlos Henrique Soccol, relata que nos últimos anos, a empresa tem acompanhado um expressivo crescimento das compras digitais em farmácias no Brasil. E, especialmente, desde o início da pandemia de Covid-19, essa tendência se intensificou ainda mais. “Os consumidores têm buscado cada vez mais a praticidade e a segurança que o ambiente virtual pode oferecer, além da possibilidade de evitar aglomerações em lojas físicas”, destaca.

Segundo Soccol, diante desse cenário, é crucial que as farmácias estejam atentas a essa mudança de comportamento dos consumidores e invistam em estratégias on-line, como a criação de uma plataforma de e-commerce, por exemplo. “Essa adaptação é essencial para garantir a sobrevivência das empresas nesse mercado cada vez mais competitivo e tecnológico”, avalia.

 Desafios do comércio digital

Um dos principais desafios do comércio digital em farmácias, de acordo com o diretor operacional da MyPharma, é garantir a segurança e a qualidade dos produtos comercializados, bem como o cumprimento das normas sanitárias e regulatórias do setor. Para o especialista, a logística de entrega precisa ser eficiente e rápida, para garantir a satisfação do cliente.

“Outro desafio é a questão do atendimento do farmacêutico, que muitas vezes é visto como um diferencial importante na experiência do consumidor em lojas físicas. No entanto, é possível oferecer esse mesmo atendimento no ambiente virtual, por meio de chats em tempo real ou outras ferramentas de comunicação online”, salienta.

Soccol acredita que o digital não compete com o presencial e nem com o atendimento farmacêutico, mas sim complementa esses serviços. “É possível utilizar a tecnologia para criar fluxos automáticos de indicações medicamentosas de acordo com os sintomas do cliente, além de disponibilizar informações sobre os produtos, como textos explicativos e bulas de cada produto”, disse.

Ainda segundo o diretor operacional, ao integrar todos os canais de suporte, o atendimento humano com o digital, as farmácias podem oferecer uma experiência de compra ainda mais completa e satisfatória para seus clientes. “Com a comodidade do ambiente virtual, a segurança e a qualidade dos produtos garantidos pelo atendimento do farmacêutico”, afirma.

Expectativas no setor de farmácia

Soccol ressalta que as expectativas para o futuro a curto e médio prazo são bastante positivas para o setor de comércio digital em farmácias. “Já existem farmácias independentes, médias e grandes em que o e-commerce já é o maior percentual do faturamento. Com um consumidor cada vez mais exigente, ter canais on-line de pedidos é fundamental para não perder um market share relevante”, observa.

“A tendência é que os consumidores passem a utilizar cada vez mais dispositivos móveis para fazer suas compras, o que reforça a importância de ter plataformas de e-commerce responsivas e adaptáveis”, enfatiza o diretor.

O especialista finaliza destacando que, ainda que a presença física das farmácias seja importante para o atendimento e a realização de serviços (como aferição de pressão e aplicação de vacinas, por exemplo), o comércio digital deve continuar em crescimento e se tornar uma importante fonte de receita para as farmácias nos próximos anos.

Para saber mais, basta acessar: mypharma.com.br

 

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