Durante vistoria a mais uma ação de limpeza no igarapé do Quarenta, bairro Cachoeirinha, zona Sul, o prefeito David Almeida anunciou que irá propor à Câmara Municipal de Manaus (CMM), uma lei que responsabilize empresas produtoras de resíduos, pelo acúmulo de lixo nos igarapés. De acordo com o gestor, todos os dias, toneladas de detritos são retirados de vários pontos da bacia hidrográfica da capital, onde os serviços de limpeza são realizados, obrigando o município a gastar cerca de R$ 30 milhões por mês.
“Estamos em uma batalha diária contra o lixo na nossa cidade. Eu vou chamar as empresas produtoras e a Câmara Municipal de Manaus para conversar e vou propor uma lei que responsabilize essas empresas também, para que elas nos ajudem na coleta. É um serviço necessário que a prefeitura realiza, mas que custa aproximadamente R$ 30 milhões por mês, com algo que é produzido por alguém, comprado por outro, consumido e jogado fora de maneira inadequada. Nunca antes se jogou tanto lixo nos igarapés, assim como nunca antes se tirou tanto resíduo dos igarapés”, explicou Almeida.
O chefe do Executivo municipal comentou ainda que responsabilizar as empresas é uma questão de logística reversa, uma área do setor que trata, genericamente, do fluxo de embalagens ou materiais, desde o ponto de consumo até o local de destino, nesse caso os igarapés.
Dentro do sistema da logística reversa, já adotado por diversas empresas em Manaus e no mundo, existem várias maneiras de devolução, ou ponto de destino, como o retorno à origem, revenda do retornável, venda em mercado secundário, reciclagem, entre outros que poderão ser planejados e executados pelas empresas.
“As empresas que fabricam esse produto também têm responsabilidade, a chamada ‘logística reversa’. Com essa lei que vou propor à Câmara Municipal, os fabricantes precisarão recolher devidamente as garrafas PET. Queremos proteger nossos mananciais, e eu vou trabalhar insistentemente para que nossa bacia hidrográfica esteja protegida”, anunciou o prefeito.
David Almeida ainda comentou sobre a necessidade da população ser protagonista na defesa do meio ambiente e descartar os resíduos produzidos em casa ou em outro local, de forma correta, como na iniciativa de não jogá-los no chão ou em lugares inadequados, e somente colocar o lixo para fora nos dias da coleta, assim auxilia o trabalho da Prefeitura de Manaus de manter a capital limpa.
“Jogar fora o lixo sem a menor consciência é uma agressão que se faz ao meio ambiente. Essas garrafas não vão parar nos igarapés porque quiseram. Alguém jogou, alguém fabricou, alguém comprou, e a prefeitura vem recolher, é o nosso trabalho, só que o índice, a quantidade, está muito grande. Temos que ter consciência, portanto é uma responsabilidade compartilhada entre todos”, enfatizou Almeida.