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Criança tem mão lesionada em máquina de raio-X ao visitar pai em presídio de Manaus

Uma criança de quatro anos teve a mão lesionada numa máquina de raio-X, quando foi visitar o pai, que está preso no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), em Manaus. A menina estava acompanhada da mãe, que disse ter deixado a menor sob vigilância de uma pessoa que trabalha no presídio.

A mãe da criança, Ana Raquel, de 21 anos, contou que ao chegar ao CDPM, na quinta-feira (28), para visitar o companheiro, passou pelo raio-X. Quando já estava do outro lado, precisou voltar pra ir ao banheiro trocar o absorvente.

A filha dela que também já tinha passado pela máquina, ficou sob os cuidados de uma agente penitenciária. Do banheiro, a mãe ouviu os gritos da criança, que havia se machucado no equipamento.

“Eu perguntei se podia levar minha filha. Ela disse que não, porque ela já tinha passado na máquina. Agora você vai lá no banheiro e deixa ela aqui. Eu fui. A moça falou pra mim que minha filha sentou na beira da esteira em uma escadinha que tinha. Ela falou que a mulher ligou a máquina para outra pessoa passar. No que a pessoa foi passar, puxou a mão dela”, disse Raquel.

A mão da filha de Ana raquel teve parte da pele arrancada. Ela registrou boletim de ocorrência. A presidente de uma ONG que presta assistência a famílias de detentos, Luciane Barbosa, acompanha o caso.

“Acho que ela foi mal instruída pela funcionária. Poderia ter dito para levar a criança, que é menor de idade. Ela autorizou a mãe a desacompanhar a criança. A mãe entendeu que ela ia dar esse suporte e ela não deu”, disse Barbosa.

Desde quinta-feira, a menina chora com dores na mão. A mãe chegou a levá-la à unidade de pronto atendimento, onde ela foi medicada, mas para comprovar que houve negligência no acompanhamento da filha, Ana recebeu a orientação de fazer o exame de corpo de delito.

A criança não conseguiu fazer o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). A mãe foi orientada a voltar à delegacia para fazer uma retificação no boletim de ocorrência. Segundo a mãe, o relato dela no documento tá diferente do que ela disse no dia da queixa.

“Na delegacia, eles não queriam fazer o Boletim de Ocorrência. Botaram a situação toda ao contrário do que eu estava falando para eles. Não me encaminharam aqui para o IML para fazer o exame de corpo de delito da minha filha”, comentou a mãe.

Segundo a mãe da criança, a ocorrência foi transferida para o 20° Distrito Integrado de Polícia (DIP). Depois de fazer a retificação, ela deve voltar ao IML pra dar prosseguimento no caso.

*Com informações de G1am/Foto: Reprodução/Rede Amazônica

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