Portal Uno Midias
Notícias Corporativas

Como se programar para estudar inglês nos Estados Unidos

Estudar nos EUA é um sonho de muitos brasileiros e, agora no início de ano, é comum buscar informações sobre o tema. Com isso, o advogado Hilton Celer Pereira, brasileiro morador dos EUA, levantou algumas informações importantes para quem está planejando realizar um curso de inglês no país. Uma das primeiras informações que o interessado deve saber, é que não há um padrão de taxas, portanto cada instituição de ensino tem o poder de decisão sobre os valores praticados. Por isso, é fundamental que se faça uma programação financeira de acordo com cada local para obter comparações reais. 

Outro ponto crucial é procurar referências. Por ser um processo burocrático, é comum contar com empresas que organizam o intercâmbio ou até mesmo contratar a escola para ajudar neste processo. Isso gera uma sensação de que há uma curadoria, mas infelizmente não é assim que funciona. Seja qual for o modelo escolhido: escola de inglês independente ou escola de inglês vinculada a universidades, é essencial buscar referências, opinião de ex-alunos e todas as informações disponíveis.

“É um investimento alto e vemos diversos transtornos causados por instituições que não oferecem um trabalho sério e que resultam em pouco ou nenhum aprendizado do idioma”, explica Hilton.

Após avaliar cidades, escolas e tempo disponível para o curso, é a hora de comparar as opções e entender o melhor custo benefício. Para estudar em uma escola de inglês não vinculada a universidades, o valor anual mínimo requerido pelo governo americano é de cerca de U$ 7.000 para pessoas com visto F1 (estudantes) e de U$ 2.000 para acompanhante (cônjuge ou filhos solteiros menores de idade), que deve ter o visto F2. Portanto, se houver acompanhante, será necessário dispor de valor anual mínimo de cerca de U$ 9.000. 

As escolas de inglês de Utah, por exemplo, pedem comprovação desse valor por meio de extrato bancário a fim de garantir que o estudante possui a quantia em conta corrente ou poupança. No entanto, o valor real necessário é superior, já que há custos adicionais como alimentação, moradia e outras despesas. 

Neste montante estão considerados os valores necessários para o pagamento da tuition, uma espécie de anuidade cobrada pelas escolas, que pode custar cerca de U$ 1.600 por 4 meses ou semestre americano, totalizando U$ 3.200 por ano, de acordo com consultas realizadas em sites como o da U.S Ling Institute. Após 2 semestres estudados, 8 meses, o aluno com nota e frequência regular poderá tirar 1 semestre de férias. Para um período de 12 meses é necessário acrescentar custos adicionais como alimentação – cerca de U$ 600/mês para 2 pessoas, moradia – cerca de U$ 600/mês para 2 pessoas, roupas e calçados – cerca de U$ 2.400, outras despesas – cerca de U$ 1.000.

Logo, esse valor mínimo requerido de U$ 9.000 para estudante e acompanhante pode chegar a U$ 21.000 para o período de 12 meses. Além disso, o valor médio de U$ 7.000 anual por estudante, considera o aluno que estuda em escola de inglês não vinculada a universidades e que oferece preços mais baixos do que as vinculadas a universidades. Para se ter uma noção destas diferenças, Hilton também levantou alguns valores de tuition de universidades em regiões diferentes do país:

A Brigham Young University cobra de tuition a quantia de U$ 3.350 por semestre, a Utah University cobra U$ 2.420 pelo período e a University of Connecticut tem a taxa de U$ 6.000 (primavera) e U$ 2.600 (outono) por semestre. A University of Florida cobra tuition de U$ 4.500 (primavera) e U$ 2.310 (outono) por semestre, a Washington State University tem uma taxa de U$ 7.424 por semestre e a Capital University, em Ohio, cobra U$ 7.340 por semestre. Já a University of Minnesota cobra a quantia de U$ 6.275 por semestre e a University of Oklahoma tem tuition de U$ 2.495 por semestre. E, como dito anteriormente, em uma escola independente da universidade o valor anual seria de U$ 3.200. 

Se o estudante for morar no alojamento da universidade, o valor da moradia pode variar de U$ 2.500 por semestre na Universidade da Flórida e U$ 3.200 por semestre na Universidade de Connecticut, por exemplo. Ou seja, os custos variam de acordo com a cidade, escola, período e custo de vida local, portanto Hilton recomenda que se faça as comparações de acordo com o valor real de cada escolha. 

“Há inúmeras variáveis que alteram o investimento total, portanto é primordial que se avalie a qualidade do ensino em cada opção, incluindo custos extras, pois se avaliados apenas o valor de tuition ou estimativa mínima, o aluno poderá ter surpresas desagradáveis tanto financeiras, quanto em relação ao aprendizado”, acrescenta Hilton.

Analisados os custos como escola, alimentação, moradia, transporte, etc, é a hora de se planejar para conseguir esse valor, caso ainda não esteja disponível. Hilton indica que neste momento se faça uma análise do orçamento mensal e se obtenha informações como: potencial de poupança, como estão os gastos, viabilidade de fazer cortes e ajustes, e se é possível fazer renda extra. Com essas informações, será possível saber quanto poupar mensalmente e conseguir definir o tempo para chegar na meta. “Para potencializar esse investimento é interessante aplicar valores mensais em um produto que seja seguro e tenha liquidez diária, o mesmo que o aluno usaria para fazer uma reserva financeira como poupança, CDBs, RDBs ou Tesouro Selic”, sugere Hilton.

O profissional também alerta para a importância do planejamento psicológico. “Se preparar para as questões emocionais também é essencial para quem quer estudar fora do país. Algumas pessoas não se adaptam à mudança e sentem falta de familiares e amigos. Esse fator pode prejudicar o sonho da viagem, que muitas vezes é programada por meses e até anos”, explica Pereira. Esse estresse causado por mudanças ou situações repentinas é chamado de transtorno de adaptação ou transtorno de ajustamento. Ele pode causar sofrimento emocional por um período após a circunstância e é tratado com profissionais especializados em saúde mental. “Se o aluno estiver preparado financeira e emocionalmente para essa experiência, pode ser um dos melhores momentos de sua vida. Basta ter muita cautela, orientação profissional e planejamento em todas as frentes que serão impactadas pelo projeto”, finaliza Hilton.

CONTEÚDOS PATROCINADOS

RELACIONADOS

Qualidade de vida no trabalho é prioridade, apontam estudos

DINO

Expo ESG reforça protagonismo de Piracicaba no ESG

DINO

Inteligência artificial atua na venda de imóveis

DINO