Entre 2020 e 2022, o número de novas empresas no Brasil avançou 25,3%, resultado de elementos como a queda do poder aquisitivo e o aumento do desemprego ao longo da pandemia de Covid-19. A conclusão faz parte de um levantamento da plataforma Yooga, a partir de dados do governo federal que permitem um comparativo com o triênio anterior (entre 2017 e 2019).
Segundo o balanço, foram registradas 232.070 pequenas empresas e 246.531 de firmas de outros portes no Brasil no período pré-pandemia, como mostra uma publicação da CNN Brasil. Desde o início da crise sanitária, por sua vez, 305.254 pequenos negócios e 255.597 empreendimentos de outros portes abriram as portas em todo o país.
Durante a pandemia, a taxa de empreendedorismo por necessidade passou de 37,5% para 50,4%, segundo uma análise da GEM (Global Entrepreneurship Monitor) 2020, realizada no país pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em parceria com o IBPQ (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade).
De acordo com o levantamento, o número de empreendedores do gênero atingiu o mesmo teto de 18 anos atrás. Para 82% dos entrevistados, a abertura do próprio negócio foi a saída encontrada frente à falta de um emprego formal. Segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada em agosto, 10,1 milhões de brasileiros engrossam a fila do desemprego no Brasil em 2022.
Para Fernanda Alves da Silva – profissional que presta consultoria financeira para pequenas e médias empresas -, as consultorias empresariais são uma alternativa para a inserção e o melhor desenvolvimento das novas companhias no mercado.
“Planejar um pequeno negócio exige tempo e preparação. Na maioria das vezes, o pequeno empreendedor sabe muito bem como vender o seu produto ou serviço, porém não tem o conhecimento adequado ou suficiente para gerir o próprio negócio”, afirma. “Daí, vem a importância em se contratar uma consultoria empresarial especializada”, completa.
Colaboração conjunta
“Geralmente, o microempreendedor entra no mercado de forma fortuita, sem saber muito bem onde pretende chegar”, afirma Silva. É diante disso que, segundo ela, uma consultoria empresarial atua de forma conjunta com o microempreendedor fornecendo norteadores e visão de longo prazo por meio de um planejamento sólido e robusto.
“Além disso, uma consultoria empresarial pode auxiliar na construção da marca do produto ou serviço bem como elaborar estratégias de marketing, organização financeira, e até gestão de pessoas, se necessário”, acrescenta.
A nível mundial, segundo a Pesquisa Marketing Visão 360º, realizada pelo Mundo do Marketing em parceria com a TNS Research International, 54% dos empreendimentos que veem o marketing digital como um elemento indispensável são de pequeno porte, com até 99 colaboradores. De fato, entre as empresas analisadas, a maior parte informou que prefere terceirizar a atividade para especialistas e agências.
A propósito, 29% dos MEIs (Microempreendedores Individuais) fecham as portas após os cinco primeiros anos por falta de planejamento, de acordo com dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
