O Brasil é considerado o segundo país que mais realiza mudanças odontológicas no mundo, segundo a SBOE (Sociedade Brasileira de Odontologia e Estética), e, entre 2015 e 2019, a busca por procedimentos e o dinheiro gasto em odontologia estética triplicou. Dentre as diversas intervenções procuradas por pacientes, o clareamento dental é um dos mais comuns, tendo algumas técnicas já sendo utilizadas há algumas décadas.
De acordo com o artigo “Considerações sobre procedimentos de um clareamento dental: Revisão de literatura”, de Samantha Peixoto Pereira, publicado em 2022 na revista Brazilian Journal of Development, “o clareamento caseiro e supervisionado com a utilização do peróxido de carbamida 10%” surgiu no ano de 1989.
O estudo também registra que desde 1860 já existiam técnicas com diversas substâncias para esbranquiçar os dentes. Atualmente a técnica de clareamento consiste na aplicação de
produtos à base de peróxido de hidrogênio ou carbamida. O procedimento é formado por quatro etapas: a profilaxia (procedimentos e recursos para prevenir e evitar doenças); a proteção dos tecidos da gengiva; a manipulação e aplicação do produto; e o tempo de ação com ou sem ativação do produto.
Os efeitos do clareamento dental costumam durar em média dois anos, mas isso depende dos hábitos diários da pessoa. Após a aplicação é indicado evitar o consumo de alimentos com corante e o fumo, devendo fazer uso de pastas dentais específicas, além do acompanhamento de um dentista.
Pessoas que fazem clareamento podem sentir a arcada sensibilizada, mas atualmente os géis clareadores já contém em sua formulação produtos que permitem a utilização de fonte de calor sem que haja hipersensibilidade. Caso essa sensibilidade passe de 48 horas, tempo considerado normal entre os profissionais, o paciente é orientado a buscar atendimento para entender se há algum outro motivo.
“Acredito que a principal inovação tecnológica é a do produto, que diferenciou-se pelo bloqueador de calor, que diminui a hipersensibilidade dos pacientes, tão comum”, explica a Dra. Sandra Lello, da Rede Odonto, franquia de clínicas que realiza tratamentos odontológicos.
Tipos de clareamento e suas indicações
“Existem duas técnicas: clareamento caseiro supervisionado pelo dentista e a técnica realizada no consultório”, detalha a médica. A técnica caseira consiste na manipulação feita pelo próprio paciente com supervisão e orientação do dentista, ao passo que a realizada em consultório tem a aplicação e supervisão feitas no próprio consultório por um profissional.
“As duas são de extrema eficácia quando bem executadas”, reforça Dra. Sandra Lello, frisando que existem contraindicações para o procedimento voltado a crianças menores de 13 anos, gestantes e lactantes, por exemplo.
Também existem restrições para pessoas com gengivite, doença periodontal, restaurações extensas e fumantes, como orienta artigo dos pesquisadores Paulo Eduardo Capel Cardoso, Helena Burlamaqui e Bruno Antunes Lopes, da Fousp (Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo), publicado na “Revista da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas” em 2014.
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