Após uma viagem de inspeção técnica e um encontro de representantes em Manaus, nesta quinta-feira (01/07), a Companhia de Desenvolvimento (Ciama) definiu as primeiras diretrizes de apoio técnico à Associação Viva Verde da Amazônia (Avive), localizada no município de Silves (a 204km da capital)
Inicialmente, a Ciama se propôs a auxiliar na confecção de um novo modelo de negócio, na capacitação gerencial, na obtenção de licenças junto ao Instituto de Proteção ao Meio Ambiente (Ipaam) e outros órgãos ambientais e de comercialização.
Além destas ações, a Companhia prestará apoio à Cooperativa de Produtos Naturais da Amazônia (Copronat), entidade criada para comercializar os produtos da Avive, que funciona no mesmo endereço da Associação, com a finalidade de reativar e otimizar os trabalhos de produção e comercialização de todos os cooperados.
De acordo com o presidente da Companhia, Aluizio Barbosa, não é a primeira vez que a Ciama visita a Avive, mas agora os técnicos realmente identificaram a necessidade de um apoio maior à Associação.
“Em primeiro lugar, é bom deixar claro que há uma determinação do governador Wilson Lima no sentido de incentivarmos as empresas do interior que atuam com o beneficiamento do que é retirado da floresta. Essa é uma de nossas principais missões aqui na Ciama”, afirmou o presidente.
A Avive é uma associação que existe desde 1999 e reúne mulheres artesãs que conquistam clientes com o desenvolvimento de produtos como sabonetes, velas, incensos e óleos corporais e aromáticos extraídos da copaíba, breu, andiroba, cumaru e pau-rosa. Joelli Russo de Almeida, a atual presidente da Avive, relembra a história de sucesso da empresa.
“Ao longo dos anos eu aprendi a amar muito o que as primeiras artesãs fizeram, incluindo a minha mãe. Muitas delas já até faleceram, mas deixaram em nós o amor por esse trabalho que usa métodos de exploração sustentável de espécies nativas aromáticas e medicinais. E fomos conquistando clientes fiéis no sul e sudeste e fora do Brasil, na Alemanha e outros países; até a Natura, aqui no Brasil, se apaixonou por nossos óleos e compra de nós”, comenta Joelli Russo.
Ainda segundo a presidente da Avive, a pandemia impactou fortemente a produção da fábrica, em Silves, e tudo parou, especialmente porque as artesãs são de grupo de risco para Covid-19. “Agora precisamos de ajuda para retomar esse sonho e, mais ainda, melhorar e expandir os nossos projetos e ações”, conclui.
A Avive já foi premiada com o Prêmio Nacional Sebrae Mulher Empreendedora e pode atuar no uso da aromateria, da cosmética e em técnicas e métodos de exploração sustentáveis.
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