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Atendimento nas Unidades Móveis de Saúde da Mulher é pauta em assembleia do CMS

Um balanço dos serviços realizados pelas Unidades Móveis de Saúde da Mulher, da Prefeitura de Manaus, no ano de 2024, foi apresentado nesta quarta-feira, 26/2, para os conselheiros municipais de saúde. A programação aconteceu durante a 2ª Assembleia Geral Ordinária do Conselho Municipal de Saúde (CMS/Manaus), no auditório do complexo de saúde Oeste, conjunto Santos Dumont, bairro da Paz (zona Oeste).

A apresentação foi conduzida pela chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Mulher, da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), enfermeira Lúcia Freitas, que destacou a ampliação na realização de procedimentos nas cinco Unidades Móveis no ano de 2024, em comparação a 2023, quando o município contava com três Unidades Móveis de Saúde da Mulher.

Em 2023, foram realizados 51.814 procedimentos nas unidades móveis. Já no ano passado, houve o registro 154.622 procedimentos, entre mamografias (10.537), preventivos (9.608), ultrassons (60.355), testes rápidos (18.535), consultas médicas (35.771) e consultas de enfermagem (14.346), além da aplicação de vacinas e consultas de pré-natal.

Em 2025, o número de procedimentos totaliza 13.680. “As Unidades Móveis de Saúde da Mulher iniciaram a oferta de serviços em julho de 2023 com o deslocamento das estruturas em comunidades nas zonas Norte, Leste e Oeste. Em abril do ano passado, mais duas unidades móveis entraram em funcionamento, abrangendo as zonas Sul e rural”, informou Lúcia Freitas.

A enfermeira lembrou ainda que, no ano passado, as unidades móveis foram deslocadas 96 vezes para atender bairros e comunidades nas zonas Norte, Sul, Leste, Oeste e rural, prioritariamente em locais de vazios assistenciais, facilitando o acesso da população aos serviços de saúde.

Para Lúcia Freitas, a apresentação das ações ao CMS/Manaus é uma oportunidade de mostrar o trabalho desenvolvido durante o ano e de escutar as sugestões dos conselheiros municipais, que representam os usuários do SUS, conhecem a realidade das comunidades e as demandas mais urgentes da população.

“Os conselheiros também podem colaborar na divulgação das ações, principalmente sobre a importância de que as mulheres procurem os serviços para realizar os exames. O preventivo permite a detecção de lesões precursoras do câncer de colo do útero e a mamografia pode identificar o câncer de mama nos estágios iniciais, o que é fundamental para o sucesso do tratamento e redução do risco de morte”, apontou Lúcia Freitas.

Controle social

Com uma composição de 32 conselheiros titulares e 32 suplentes, entre gestores (25%), trabalhadores (25%) e usuários (50%) do Sistema Único de Saúde (SUS), o CMS/Manaus é um órgão colegiado, de caráter permanente, deliberativo, consultivo, normativo e fiscalizador nos serviços da rede municipal de saúde.

Os conselheiros municipais têm como função acompanhar, avaliar e monitorar as ações de saúde, analisar e aprovar o plano anual de saúde e os relatórios de gestão, além de colaborar na formulação e execução das políticas públicas e estabelecer estratégias para garantir o controle social no SUS.

A solicitação para a apresentação das ações das Unidades Móveis de Saúde da Mulher foi feita pelo conselheiro Marcilei Pinto da Silva, representante do segmento dos usuários do SUS da zona rural e ribeirinha de Manaus.

“A gente realiza as visitas, observa as demandas e o que precisa ser melhorado. E vários conselheiros ouvem falar das unidades móveis de saúde da mulher, mas até hoje não houve uma apresentação para o CMS sobre a quantidade de serviços oferecidos e a estrutura de atendimento. Então, a ideia é que haja essa prestação de contas em relação a um serviço que é extremamente relevante. E os conselheiros poderão divulgar essas informações para população”, afirmou Marcilei Silva.

Além dos serviços das unidades móveis, o conselheiro também solicitou apresentação das ações do Programa Saúde na Escola (PSE). “A gente sabe que o PSE oferece serviços, como a escovação nas escolas, mas, nas visitas na zona rural e até na urbana, identificamos que o programa tem vários outros serviços, o que alguns conselheiros não sabem e a população também não. Então, é importante ter essa apresentação, para que os conselheiros possam disseminar as informações dessas ações que são de extrema relevância para evitar vários problemas de saúde, e solicitar que o PSE continue a ser ampliado para mais escolas”, destacou o conselheiro.

Saúde na Escola

O Programa Saúde na Escola (PSE), instituído, em 2007, pelo Ministério da Saúde como uma política intersetorial, prevê o fortalecimento do vínculo entre as unidades de saúde e escolas públicas. Para 2025, o município de Manaus terá 347 escolas, estaduais e municipais, com adesão ao programa.

Na apresentação ao CMS/Manaus, a chefe do Núcleo do Programa Saúde na Escolas (PSE/Semsa), enfermeira Jailce Dória, destacou as ações que a Semsa trabalha nas escolas, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed), que envolvem 14 temáticas.

“São ações que vão desde a alimentação saudável até questões sociais sobre direitos humanos e prevenção à violência. A escola e a equipe de saúde constroem uma agenda a ser desenvolvida ao longo do ano”, explicou Jailce Nogueira.

A enfermeira informou ainda que Manaus aderiu ao programa em 2008, iniciando as atividades no ano de 2009, sendo que a cada dois anos o município pode fazer novas adesões para a inclusão de mais escolas.

“Até ano passado, Manaus tinha 293 escolas incluídas no PSE. Para o ciclo 2025/2026, houve a adesão de mais 54 escolas, ampliando de 154 mil para 180 mil alunos atendidos no programa. A abordagem dentro da escola permite alcançar crianças e adolescentes com ações de prevenção de doenças e promoção da saúde, que vão implicar no futuro dessa criança e desse futuro cidadão”, afirmou Jailce Nogueira.

As 14 temáticas incluídas no PSE são as seguintes: saúde ambiental; promoção da atividade física; alimentação saudável e prevenção da obesidade; promoção da cultura da paz e direitos humanos; prevenção dos acidentes e das violências; prevenção de doenças negligenciadas; verificação da situação vacinal; saúde sexual e reprodutiva; prevenção ao HIV/IST; prevenção ao uso do álcool, tabaco e outras drogas; saúde bucal; saúde auditiva; saúde ocular; e prevenção à Convid-19.

Foto – Divulgação/Semsa

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