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Adesões, negócios e participantes batem recordes em julho

No balanço do sistema de consórcios, do sétimo mês do ano, foram registrados novos recordes de consorciados ativos, acumulado de novas vendas e volume de créditos comercializados, segundo a ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. Os 9,81 milhões de participantes ativos em julho, 10,5% acima dos 8,88 milhões no mesmo mês do ano passado, registraram nova maior marca histórica. De janeiro de 2022 a julho deste ano, a modalidade completou dezenove meses de crescimento no volume de consorciados ativos, com apenas uma retração em abril último, quando somou 9,44 milhões.

Em cada um dos setores, onde o mecanismo está presente, a totalização de cotas ativas ficou assim distribuída: 43,7% nos veículos leves; 28,0% nas motocicletas; 15,7% nos imóveis; 7,6% nos veículos pesados; 2,8% nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 2,2% nos serviços. Paralelamente, as 2,40 milhões de adesões, acumuladas de janeiro a julho, foram 8,6% superiores às 2,21 milhões anteriores, também superaram os totais alcançados nas seis décadas de existência do Sistema. Durante o período, os negócios concretizados, a partir do recorde das adesões e alta do tíquete médio, alcançaram R$ 178,19 bilhões, 25,2% maior que os R$ 142,38 bilhões de 2022.

Com o aumento de consorciados, houve alta no tíquete médio geral, apesar de alguns setores apontarem redução no valor dos créditos, em razão do maior número de cotas comercializadas com tíquetes de valor abaixo das médias de cada segmento. O tíquete médio de julho chegou a R$ 84,25 mil, 31,9% acima dos R$ 63,89 mil verificado naquele mês em 2022. Ainda de janeiro a julho, a somatória de consorciados contemplados chegou a 943,30 mil, 6,1% superior às 888,96 mil, acumuladas no mesmo período de 2022, resultando em concessões de créditos para as potenciais aquisições.

A liberação dos correspondentes créditos aos contemplados, ocasião em que os objetivos são transformados em realidade, chegou a R$ 47,65 bilhões, potencialmente injetados nos segmentos da economia onde o consórcio está presente, com 17,6% mais que os anteriores R$ 40,53 bilhões.

Os 9,81 milhões de consorciados ativos, totalizados em julho deste ano, ultrapassaram os volumes anuais sucessivos contabilizados de 2014 a 2022. “O balanço do sistema de consórcios, relativo ao início do segundo semestre, sinaliza que o crescimento observado nos seis meses iniciais deverá continuar”, afirma Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC. “Com a manutenção do mesmo ritmo de negócios, os consórcios deverão seguir superando as marcas passadas de adesões, tíquete médio, e consequentemente os negócios realizados, independente do percentual da taxa de juros”, completa.

O permanente crescimento, comprovado pelo aumento mensal dos participantes ativos nos últimos dezenove meses, evidencia a maior consciência do consumidor sobre educação financeira. “O brasileiro, aos poucos, está modificando seu comportamento com relação às finanças, onde a palavra de ordem é o planejamento e o equilíbrio entre seus rendimentos, gastos e investimentos, e o consórcio se encaixa perfeitamente nesse novo momento”, comenta Rossi.

O consórcio teve seu início na mesma época que a indústria automobilística se instalava no país. À época, face às dificuldades na obtenção de linhas de crédito para aquisição de um automóvel, o consórcio mostrou que era uma alternativa. No passado como hoje, um de seus principais objetivos, além das realizações dos consorciados, é ser importante para o planejamento da produção industrial nos mais diversos segmentos da economia onde está presente, comprovando sua importante contribuição ao desenvolvimento do país.

Os consórcios estão presentes em setores como o de duas rodas que, somente nos sete meses iniciais de contemplações, apontaram a potencial aquisição de uma moto a cada duas comercializadas no mercado interno. No setor automotivo, a potencial presença esteve também em quase dois a cada três veículos leves vendidos no país.

Outro exemplo de participação pode ser verificado no mercado de veículos pesados, onde o mecanismo marcou quase uma a cada três comercializações de caminhões negociados para ampliação ou renovação de frotas do setor de transportes com destaque especial para utilização no agronegócio.

A forte presença dos consórcios na economia brasileira pode ser comprovada pelos totais de créditos concedidos. Nas liberações acumuladas de janeiro a julho, o Sistema atingiu 37,3% de potencial presença no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No de motocicletas, houve 46,0% de possível participação, e no de veículos pesados, a relação para caminhões foi de 32,9%, no período.

No segmento imobiliário, somente no primeiro semestre deste ano, as contemplações representaram potenciais 16,1% de participação no total de 301,68 mil imóveis financiados, incluindo os consórcios. Aproximadamente um imóvel a cada seis comercializados.

De janeiro a julho, a economia brasileira procurou se adequar em diversas áreas, visando firmar e ampliar o cenário de desenvolvimento. O ajuste de medidas para controlar a dívida pública e a conjuntura do momento, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário, contaram ainda com o esforço contínuo em obter a redução da taxa de juros básica, com vistas a gerar reaquecimento econômico.

Importante considerar os cenários e o conjunto de informações disponíveis, com destaque especial para a inflação de 0,12% em julho e para o IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor, nos últimos doze meses, indicando 3,99%, segundo o IBGE. Vale ainda acrescentar a redução de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, que agora está em 13,25%, razões que levam a assessoria econômica da ABAC a projetar boas perspectivas para o Sistema de Consórcios no segundo semestre, pois embora a taxa de juros não tenha forte correlação com a venda de cotas, conforme já comprovado, a melhora no ambiente de negócios favorece o Sistema.

“A contabilização dos excelentes resultados do sistema de consórcios nos sete primeiros meses do ano, em razão de suas exclusivas características e peculiaridades, deverá permitir a continuidade do bom desempenho nos vários segmentos onde está presente”, finaliza Rossi.

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