Amazonas

Adaf reforça vigilância em propriedades com criação de cavalos no Tarumã

A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) tem intensificado o monitoramento das propriedades com criação de cavalos na zona rural de Manaus. Desde a segunda quinzena de junho, servidores da agência visitaram 27 propriedades no Tarumã e coletaram sangue de dez animais para análise.

A área está sob vigilância reforçada após relatos de suspeita de encefalomielite equina, no mês passado. A Adaf foi notificada de que cinco cavalos de propriedades diferentes apresentaram sintomas da doença. O primeiro lote de exames, realizado pelo Laboratório Agropecuário (Lanagro), de Minas Gerais, apontou resultado negativo para a doença, mas a agência continua o trabalho de investigação e monitoramento.

Além de verificar as condições gerais em que se encontram os equinos, o levantamento também serve para alertar os criadores sobre os riscos de outras zoonoses e, também, estreitar o contato com os proprietários.

“Estamos fazendo uma vigilância ativa nas propriedades com equinos, nessa área do Tarumã, e também realizando a educação sanitária junto aos produtores sobre as doenças que podem afetar os equinos”, explica o médico veterinário da Adaf, Michel Melo. A agência pede para que os criadores notifiquem a Adaf ao notar qualquer alteração no animal. “A gente investiga e realiza um diagnóstico para que a doença seja controlada”, reforça.

A coordenadora do Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos da Adaf, médica veterinária Jeane Cristini Barbosa, destaca que a encefalomielite equina é uma doença causada por três espécies diferentes de vírus, transmitida entre aves e roedores silvestres, através da picada de mosquitos. Embora os equinos e humanos sejam hospedeiros acidentais, em alguns casos podem ser infectados. “É importante ressaltar que quem transmite é o mosquito. O equino é um hospedeiro acidental, então, nesse caso, não tem o risco de disseminação por conta da aglomeração de animais, por exemplo. Mas requer monitoramento”, observa.

Os criadores de equinos que notarem algum animal de sua propriedade com sintomas como febre, dores musculares, confusão, mudanças de personalidade, convulsões, paralisia ou falta de sensação, ranger de dentes e salivação excessiva, devem entrar em contato imediatamente com a agência pela Unidade Local de Sanidade Animal e Vegetal (Ulsav) de seu município.

FOTO: Divulgação/Adaf

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