Portal Uno Midias
Notícias Corporativas

Ações de combate ao garimpo ilegal são debatidas em Brasília

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) terá como prioridade intensificar ações de fiscalização junto às Distribuidoras de Valores Mobiliários (DTVMs) suspeitas de operações de lavagem de ouro proveniente do garimpo ilegal. A afirmação foi feita pelo presidente da CVM, João Pedro Barroso do Nascimento, ao receber em audiência o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM – Mineração do Brasil), Raul Jungmann. Em outro encontro, o IBRAM levou ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, propostas para fomentar ações em prol da Amazônia e da mineração e, também, para combater o garimpo ilegal.

“É muito importante essa decisão anunciada pelo presidente da CVM. A comercialização via lavagem do ouro sustenta o garimpo ilegal, atividade comandada por organizações criminosas, que desmatam e poluem a natureza, como grandes áreas da Amazônia, e assim contribuem para as mudanças climáticas; exploram pessoas, e, como operam clandestinamente, não geram divisas e nem recolhem impostos e taxas”, disse Raul Jungmann

Estudo identifica DTVMs suspeitas

Jungmann mencionou ao presidente da CVM as constatações do estudo ‘Raio-X do Ouro’, do Instituto Escolhas, que identifica as DTVMs com operações suspeitas. O trabalho indica que entre 2015 e 2020 o Brasil comercializou 229 toneladas de ouro com indícios de ilegalidade. Ou seja, quase a metade do ouro produzido e exportado pelo país tem origem duvidosa. O garimpo ilegal vende o ouro para DTVMs e a legislação permite que isso ocorra sem comprovação da sua origem legal.

Plano de desenvolvimento sustentável para a Amazônia

No Palácio do Itamaraty, O diretor-presidente do IBRAM apresentou ao Ministro Mauro Viera o projeto da Conferência Internacional Amazônia & Bioeconomia, que o IBRAM irá organizar em Belém (PA), em agosto. O fórum pretende ser um ambiente para a formulação de propostas viáveis de desenvolvimento sustentável de longo prazo para aquela região, com base na expansão da bioeconomia. O garimpo ilegal é um dos focos de graves problemas para a Amazônia.

O dirigente do IBRAM solicitou ao Ministro que haja o envolvimento do Ministério de Relações Exteriores (MRE) no reforço ao combate à cadeia de produção e venda de ouro do garimpo ilegal ao exterior. A atuação do MRE junto a países compradores do ouro brasileiro, como a Suíça, pode contribuir decisivamente para reduzir espaços dos que agem ilegalmente. A proposta do IBRAM é que o Itamaraty interceda sobre essa questão junto aos governos estrangeiros, por meio das embaixadas do Brasil, para aprimorar os instrumentos de controle da origem do ouro brasileiro.

Pautas estratégicas para o país

O combate ao garimpo ilegal e à comercialização de ouro dessa fonte, bem como o apoio do governo à conferência em prol do desenvolvimento sustentável da Amazônia são pautas que, na avaliação do IBRAM, geram repercussão internacional, estão relacionadas à imagem do Brasil no exterior e podem ser tratadas no âmbito do Ministério de Relações Exteriores. “Apoiar essas pautas seria uma estratégia de sinalizar para o Brasil e o mundo que ações concretas estão sendo conduzidas para recuperar esse importante bioma e traçar um futuro calcado em boas práticas de sustentabilidade”, disse Jungmann.

Outros assuntos abordados com o Ministro foram a promoção da indústria da mineração brasileira em mercados estratégicos para atrair recursos para financiamento de projetos e investimentos no segmento, e também a prospecção de oportunidades para a mineração brasileira em outros países. Mauro Vieira agradeceu as sugestões apresentadas pela comitiva do IBRAM e disse que as equipes do MRE irão analisar todos os pontos debatidos no encontro, realizado na última 5ª feira (12/1). A reunião com o presidente da CVM foi realizada na 4ª feira (11), no escritório da entidade, na Capital Federal.

CONTEÚDOS PATROCINADOS

RELACIONADOS

Vitória de Trump traz dúvidas sobre emissão de Green Card

DINO

ExaGrid Ganha 3 Prêmios da Indústria no Network Computing Awards 2023

DINO

Mercado global de suplementos prevê crescimento até 2025

DINO