Cidade

Ação integrada entre Prefeitura de Manaus e Estado desarticula ocupação irregular no Nova Cidade

Uma ação integrada, entre as forças de segurança do Estado e a Prefeitura de Manaus, via Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), desarticulou, no início da manhã desta sexta-feira, 25/3, uma ocupação irregular que estava ocorrendo há alguns dias, na área verde do conjunto Nova Cidade, zona Norte.

O local ocupado faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) Sauim de Manaus, além disso, essa região faz limite com a Reserva Florestal Adolpho Ducke, de responsabilidade do governo federal, segundo informou o órgão ambiental do município.

A ação contou com a participação do Grupo Integrado de Prevenção a Invasões em Áreas Públicas (Gipiap), da Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema), da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Polícia Militar (Rocam, COE, Batalhão do Choque, Canil, Cavalaria, 15° Cicom), da Secretaria Executiva-Adjunta de Operações (Seaop), Gabinete de Gestão Integrado Municipal (GGIM) e das secretarias municipais de Limpeza Urbana (Semulsp) e Infraestrutura (Seminf).

De acordo com o levantamento do Departamento de Fiscalização da Semmas (Defis), ao menos 300 famílias tinham invadido o local. “Estávamos, juntamente com as forças de segurança do Estado monitorando a movimentação do local e constatamos que ninguém ficava no terreno à noite. Ou seja, voltavam para o local onde residem, para dormir”, informou o gerente de Área Protegida da Semmas, Ronnivaldo Abucater.

As máquinas da Semulsp e Seminf desmobilizaram os barracos que já haviam sido construídos no local, conforme disse o secretário da Semmas, Antonio Ademir Stroski.

“Nós estamos empenhados que o processo de ocupação do solo urbano não seja mais feito de forma irregular e por invasão. Essa é uma orientação do prefeito David Almeida, que a gente comece a ter um ordenamento na cidade e diminua os problemas ambientais decorrentes desse processo”, completou Stroski.

Ação

A operação para desarticular a ocupação irregular iniciou por volta das 5h, quando as forças de segurança fecharam todos os acessos ao local invadido. Após a constatação de que não havia nenhum “ocupante”, parte da equipe entrou na área para iniciar a desmobilização dos barracos que estavam sendo levantados.

Os primeiros ocupantes apareceram no local após as 8h, em dois ônibus. “Eles começaram a aparecer depois da chuva. Viram que não tinham como entrar no local, subiram nos ônibus de volta e foram embora”, informou Abucater.

De acordo com informações levantadas pela Inteligência das forças de segurança, que participou da ação, a líder da ocupação irregular se chama Katiane Andrade Pontes, 41 anos, e tem uma ficha criminal extensa, além de ser braço direito de Bruno Santos de Lira, o “Bruno Surfistinho”, considerado o número três do Comando Vermelho no Amazonas.

As autoridades identificaram que Katiane possui 26 Boletins de Ocorrência (BOs) por crimes diversos, entre eles: estelionato, roubo, ameaça, posse de entorpecente, maus-tratos contra o próprio filho e crimes de trânsito (lesão corporal culposa na direção de veículo e omissão de socorro).

As investigações apontam que ela é líder de outras ocupações irregulares: “Cemitério dos Índios”, “Urucaia”, “Itaporanga” e “Estrela de Davi”. Informações da Inteligência dão conta que a ideia da facção criminosa era criar um grande corredor do tráfico, mas utilizando as ocupações irregulares como fachada.

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