A Mercer, líder global em consultoria de talentos, saúde e investimentos, e uma empresa da Marsh McLennan, publicou seu Ranking Internacional de Cidades por Custo de Vida 2024, para ajudar empregadores multinacionais a planejar estratégias de remuneração para seus funcionários internacionais.
Hong Kong manteve o primeiro lugar no ranking deste ano, seguido por Singapura. Com Zurique, Genebra e Basiléia completando as cinco cidades mais caras, o elevado custo de vida da Suíça pode estar correlacionado com a sua qualidade de vida superior.
O aumento dos custos de habitação em muitas cidades em todo o mundo tornou a mobilidade difícil para os empregadores. A inflação também desgasta o poder de compra, além de colocar pressão adicional sobre os pacotes de compensação. Estes fatores podem dificultar a atração e retenção dos melhores talentos pelos empregadores e podem aumentar as despesas com remunerações e benefícios, limitar a mobilidade dos talentos e aumentar os custos operacionais.
“A crise do custo de vida teve um impacto significativo nas organizações multinacionais e nos seus funcionários”, disse Yvonne Traber, Líder Global de Mobilidade da Mercer. “É importante que as organizações se mantenham informadas sobre as tendências do custo de vida e as taxas de inflação e procurem a opinião dos funcionários sobre estas questões para gerir eficazmente o seu impacto”. “Os elevados custos de vida podem exigir que os beneficiários ajustem o seu estilo de vida, reduzam os gastos discricionários e até tenham dificuldade em satisfazer as suas necessidades básicas”, continuou Yvone Traber.
“Para compensar estes desafios, os empregadores podem oferecer pacotes de remuneração que incluam subsídios ou subsídios de habitação, fornecer serviços de apoio e explorar estratégias alternativas de procura de talentos”.
Na América Latina
Na América do Sul, a capital do Uruguai, Montevidéu, é a mais cara para funcionários internacionais (42º), enquanto várias cidades da região viram mudanças significativas em comparação com 2023: Santiago, no Chile, caiu 73 posições, para 160º no ranking, enquanto Bogotá, na Colômbia, subiu 40 vagas para 174º lugar.
Das cidades norte-americanas (excluindo cidades dos Estados Unidos e Canadá), Nassau continua a ser a cidade mais cara da região, seguida pela Cidade do México. O custo de vida nas cidades mexicanas aumentou significativamente em comparação ao ano anterior. A Cidade do México ficou em 33º lugar, ante 79º em 2023, e Monterrey ficou em 115º, ante 155º no ano passado.
São Paulo subiu 28 posições e continua sendo a cidade mais cara do Brasil, que tem um total de cinco cidades no ranking: Rio de Janeiro (150), Brasília (179), Manaus (182) e Belo Horizonte (185). A cidade de Lima, no Peru, praticamente se manteve no ranking, subindo 01 posição e ocupando a posição 166.
“Com os aumentos de preços ao redor do mundo e a desvalorização de algumas moedas frente ao dólar, ter um pacote de remuneração estruturado é fundamental para equiparar e garantir o poder de compra do funcionário transferido, por isso é importante que as organizações se mantenham informadas sobre os custos de viver tendências e buscar a opinião de especialistas para gerenciar eficazmente seu impacto e permanecer competitivo”, afirma Inaê Machado, Líder de Mobilidade para a América Latina.