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Campanha do Governo Federal alerta sobre os riscos do feminicídio

 A iniciativa do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) integra as ações dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres 

            Com o intuito de alertar toda a sociedade para os riscos do feminicídio, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) lançou campanha no último sábado (20), com o slogan “Violência contra a mulher: sua evolução leva ao feminicídio. Observe os sinais. Denuncie”. A iniciativa, que integra as ações dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, conta com a parceria do Ministério da Cidadania (MC) e da organização Virada Feminina.

            A campanha nacional abrange a produção de vídeos, spots para uso em rádio comunitárias e parceiras, cards educativos, enquetes interativas destinadas às redes sociais, cartazes, folders e outras peças de cunho publicitário. Os materiais também têm a proposta de estimular a cultura da denúncia

            Titular do MMFDH, a ministra Damares Alves enfatiza que o Ligue 180, a Central de Atendimento à Mulher, é uma das principais ferramentas para iniciar o acionamento de toda a rede de proteção às pessoas em situação de violência. 

            “A violência contra a mulher é um problema social grave, que por muitos anos foi naturalizado. O Brasil, infelizmente, figura na lista dos países que mais mata mulher no mundo, é o quinto no ranking mundial. Para evitar essas tragédias, a sociedade precisa denunciar e, desta forma, acionar a rede de atendimento. Das vítimas de feminicídio, 70% nunca haviam denunciado”, destaca a ministra. 

            No que se refere aos números do Ligue 180, apenas de julho do ano passado a novembro deste ano, mais de 97,4 mil denúncias de violência doméstica e familiar contra a mulher foram registradas pelo Ligue 180. Outras violações somaram mais de 24,5 mil casos no período. 

Feminicídio e fatores de risco 

            O Código Penal brasileiro, o feminicídio consiste no assassinato cometido em razão do sexo feminino. Em resumo, é quando o crime envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo e discriminação à condição de mulher. 

            Entre os fatores de risco para o feminicídio, estão isolamento social, ausência de rede de serviços de saúde e proteção social bem estruturada e integrada, pouca consciência de direitos, histórico de violência familiar, transtornos mentais, uso abusivo de bebidas e drogas, dependência afetiva e econômica, presença de padrões de comportamento muito rígidos, exclusão do mercado de trabalho, deficiências, vulnerabilidades relacionadas a faixas etárias e escolaridade. 

Ativismo 

            Os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres são um movimento proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU). A ação ocorre todos os anos, em mais de 150 países, com atividades de conscientização e mobilização. No Brasil, os eventos são promovidos durante 21 dias. A programação começa de forma antecipada em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, e vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. 

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