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Estudo pioneiro: FVS-AM testa impacto de nova geração de mosquiteiros impregnados contra malária em Coari

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), por meio do Departamento de Vigilância Ambiental (DVA), realiza estudo pioneiro para verificar o impacto de nova geração de mosquiteiros impregnados com dois inseticidas, atuando de forma conjunta, no combate à malária em Coari (distante 363 quilômetros a oeste de Manaus). O estudo ocorre, desde o dia 21/06 até 03/07, em parceria com o Ministério da Saúde, a Fundação Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro (Fiocruz/RJ) e o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA).

O diretor-presidente da FVS-AM, Cristiano Fernandes, destacou que Coari é um dos municípios da região norte com transmissão ativa de malária e que, por isso, foi selecionado para o estudo. “Ao longo dos anos, foi-se percebendo que o mosquito Anopheles, transmissor da malária, tem adquirido certa resistência aos inseticidas que são costumeiramente utilizados no controle de malária. Esse estudo visa avaliar como esses dois inseticidas juntos impactam na população do mosquito”, afirmou Cristiano.

Uma equipe da Gerência de Doenças de Transmissão Vetorial – Malária do Departamento de Vigilância Ambiental da FVS-AM (GDTV-Malária/DVA/FVS), está realizando a implantação dos mosquiteiros, aplicando questionários aos moradores e avaliando a percepção da população de Coari sobre a prevenção e tratamento de malária.  “Além do estudo, estamos fazendo uma análise e traçando um perfil para verificar se os que contraem malária são os que necessariamente não usam mosquiteiro; ou usam o tradicional mosquiteiro impregnado com inseticidas que já são usados”, afirmou Myrna Barata, gerente da GDTV-Malária/DVA/FVS.

Cenário – O Amazonas apresenta redução de 28% nos casos de malária, na comparação entre janeiro e junho de 2021 com o mesmo período de 2020. Apesar da redução, a FVS-AM alerta que o estado está em sazonalidade da doença, que ocorre a partir da vazante dos rios, trazendo estabilização dos criadouros do mosquito Anopheles.

Até a quarta-feira (23/06), foram registrados 20.245 casos. Enquanto de janeiro a junho de 2020, o quantitativo de confirmações da doença foi de 28.016. Os dados parciais constam no Sistema de Informações de Vigilância Epidemiológica – Malária (Sivep-Malária), do Ministério da Saúde.

Entre os casos registrados em 2021, os dez municípios do Amazonas que mais registraram malária são: São Gabriel da Cachoeira (3.652); Barcelos (3.508); Manaus (1.206); Tapauá (1.185), Santa Isabel do Rio Negro (1.119); Carauari (1.098); Guajará (864); Atalaia do Norte (671); Tefé (661); Maués (601); Lábrea (597); Canutama (591); Humaitá (556); e Manicoré (476).

Referência – A FVS-AM é responsável pela Vigilância em Saúde do Amazonas. A instituição funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na avenida Torquato Tapajós, 4.010, Colônia Santo Antônio, Manaus. Contato telefônico da FVS-AM (92) 3182-8550 e 3182-8551.

FOTO: Divulgação/FVS-AM

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